Nascido na Ilha de Maré, sendo o primeiro dos cinco filhos de Cidália e José, foi chamado Cid José, porém ficou mesmo conhecido como Cid Teixeira. Estudou no antigo Ginásio da Bahia e formou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Entretanto, jamais foi advogado. Desde cedo dedicou-se ao estudo de História, como funcionário do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Ali iniciou-se em pesquisas, como copista de documentos.
Já em 1944, começou a carreira de magistério secundário, sendo admitido, dois anos depois, enquanto ainda estudava de Direito, como auxiliar de ensino da Escola de Belas Artes da UFBA, na cadeira de História da Arte.
Em 1949, fez concurso para rede estadual de ensino secundário e, logo em seguida, para livre docente na Universidade da Bahia. Desde então, esteve dedicado ao magistério universitário de História na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA e na UCSal.
Foi também diretor da Fundação Gregório de Mattos e implantou o Serviço de Rádio Educação do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia. Atuou como jornalista em vários periódicos de Salvador e tem centenas de artigos publicados em jornais e revistas, além de vários livros editados.
Em 1993, ocupou a cadeira de número 19 da Academia de Letras da Bahia. A frase escrita no epitáfio de Afrânio Peixoto é usada por Cid Teixeira para se autodefinir: “Ensinou, escreveu, nada mais lhe aconteceu”. Aos 88 anos, recebeu a comenda 2 de Julho, concedida pela Assembleia Legislativa da Bahia.
Cid Teixeira faleceu em 21 de dezembro de 2021, aos 97 anos, enquanto dormia em sua casa, no bairro da Pituba, em Salvador. As causas de sua morte não foram divulgadas.
O Instituto Geográfico e Histórico da Bahia faz um “Apelo Público” para que a Bahia não perca um dos maiores acervos bibliográficos sobre a sua história. A biblioteca do professor Cid Teixeira (1924-2021), composta por 17 mil volumes, está sendo comercializada por seus herdeiros e corre o risco de deixar a Bahia, caso nenhuma pessoa ou instituição se mobilize pra mantê-la no estado.
O vasto acervo de livros, revistas e publicações diversas, guardados carinhosamente durante décadas por um dos maiores pesquisadores e historiadores da Bahia, reúne, em grande parte, obras referentes à Bahia, em seus múltiplos aspectos. São volumes que tratam de história, geografia, economia, clima, agricultura, literatura e cultura de modo geral. Alguns são raridades bibliográficas e muitos tratam de temais mais gerais, como o Brasil e Portugal.