TÁ DOMINADO! O TOQUE DE RECOLHER NO SUL DA BAHIA

Walmir Rosário
12/05/2020 às 11:07
Papagaio come milho e periquito leva a fama! Esse ditado cai como uma luva para essa pandemia do Coronavírus na sua versão Covid-19, que ficou famoso por vir atrelado ao regime ditatorial da China comunista. Se fez estragos na saúde, pior ainda na democracia meio desequilibrada que vive o Brasil, em que os perdedores das urnas não se conformam e querem voltar ao poder aplicando um golpe de estado.
O Covid-19 foi a sopa no mel! Não me digam que não chegou aqui e alhures de forma bem planejada com a missão de embarreirar o crescimento da direita em vários países, a exemplo dos Estados Unidos e Brasil. São países estratégicos por responsáveis pela produção de alimentos de mundão de meu Deus e que prometiam aplicar uma virada na política internacional.

A esquerda não “dorme de touca” e como a Hidra de Lerna costuma se regenerar e a cada cabeça cortada duas nascem em seu lugar. Se a Hidra de Lerna matava os homens apenas com seu hálito, fora da mitologia grega mata as pessoas nas formas físicas e mentalmente. Primeiro com o lindo canto de sereia, tal e qual um moderno Antônio Conselheiro a prometer rios de leite e ribanceiras de cuscuz.

Enganado, só resta à boiada se dirigir mansa e bovinamente ao matadouro, sem um Héracles (Hércules, na mitologia romana) que consiga lhe cortar todas as cabeças com as flechas envenenadas com o próprio sangue [da hidra]. Estrategicamente, a figura do hércules brasileiro foi a primeira a ser dominada por pelas diversas cabeças da hidra tupiniquim, mesmo antes de cercar o pântano estatal.

E o Covid-19 começou a fazer seus estragos sem que muitos notassem, entretidos que estava com a folia carnavalesca, contando com a ajuda de nossos governadores e prefeito para abrir alas para o maior carnaval do mundo. Enquanto os brasileiros sapateavam e apareciam nas imagens das emissoras de TV em todo o mundo, o vírus eram recebidos com todas as honras.

Mas como sempre acontece, a ressaca carnavalesca não perdoa e cobra a conta de toda uma semana de festa com juros e correção monetária. Prefeitos e governadores contabilizam números de turistas, falam dos dólares gastos pelos visitantes, prometem mais e melhor para o próximo ano. Enquanto os sambódromos esvaziavam as unidades de saúde e os hospitais enchiam.

E nossos prefeitos e governadores tão cheios das artes festeiras nada conheciam da ciência da saúde pelo pouco caso que sempre fizeram do SUS [Serviço Único de Saúde], alheios aos planos de marketing dos governos. Sábios que só eles, resolveram aprisionar a população e promover a saidinha do dinheiro do cofre federal. Tudo em nome do povo que sequer foi lembrado.

Como a farra não deu certo, para não pagar o mico, passaram à fase do prendo e arrebento, oferecendo duas opções ou morre de fome ou do Covid-19: decida-se já! Com tanto poder nas mãos após o presidente dominado, não se contentaram e resolveram fazer uma prévia do regime comunista, socialista ou que o valha, prendendo todos com um trepidante toque de recolher.

Aqui na Bahia – para não deixar de fazer jus aos absurdos – um toque de recolher quando todos estão recolhidos: das 8 da noite às 5 da madruga, a partir dessa terça-feira (12) em Ipiaú e Itabuna. Pelo que ouvi dizer – mas não provo – por ser de origem chinesa e transmitida pelos morcegos comidos pelo povo, nosso digníssimo governador considerou ser esse o horário acertado, haja vista os hábitos noturnos dos nossos Chiropteras.

Pelo que o observei atentamente, esse toque de recolher é inteiramente inócuo, tendo em vista que nessas três cidades os bares, restaurantes e lupanares estão completamente fechados e as empresas de delivery de bebidas já abasteceram os clientes durante o dia. Também não cabe o argumento do funcionamento das farmácias, já que o atendimento está sendo feito diretamente nas unidades de saúde e hospitais.

Pelo sim pelo não, esse tal de lockdown que muita gente não sabe o que é se trata de apenas um confinamento dos serviços públicos prestados pelo Estado e prefeituras para completar o caixa. Já nossos cientistas – governador e prefeitos – ficarão eternamente conhecidos pelo festival de basteiras que cometeram. Basta a simples comparação com a Coreia do Sul, Suécia e outros países que não praticaram o confinamento.

Essa história de tá dominado ficaria melhor nos locais onde geralmente acontecem e nos bailes funks pelos guetos Brasil afora.