Josias Gomes
06/03/2016 às 13:55
O inconformismo toma conta do PT e de seus militantes, e tal sentimento encontra razão de ser em função de tudo o que as elites brasileiras vêm armando contra o partido e contra as conquistas
sociais que vêm marcando a história do Brasil, desde 2003.
Na verdade, também essas elites estão inconformadas pelo fato de que alguém vindo das camadas menos favorecidas da população chegou ao poder e, então, trabalhou incansavelmente na busca de construir uma sociedade menos injusta, no país.
Arma-se todo um aparato para comprometer moral e eticamente o PT, seus líderes e todos os que ousaram, desde 2003, colaborar na construção de um país mais justo para com os seus filhos, o que aos poucos vai sendo conseguido.
Essa turma, a mesma que deseja dar sequência a toda uma história de poder inteiramente voltada para os interesses dos mais ricos, aproveita um período de crise econômica, provocada por uma situação econômica mundial desfavorável, para pregar a desarmonia.
Não é preciso muito conhecimento de história, afinal, para reconhecer que em 500 anos de existência, o povo brasileiro apenas assistiu à sucessão de gestores com o mesmo objetivo: o de fazer perpetuar os interesses dos poderosos.
Desde o início desse processo, agora, de tentativa de desmoralização do PT e de seus líderes que o objetivo é um só, sempre buscado de forma escancarada: destruir a imagem do companheiro e ex-presidente Lula, símbolo maior das mudanças ocorridas no Brasil, nos últimos anos.
Nesse tenebroso 04 de março de 2016 acabou materializando-se o maior objetivo das elites, quando, não contentes em revistar a casa de Lula, acabaram levando o ex-presidente, à força, para prestar depoimento à Polícia Federal.
Juristas renomados, muitos deles não alinhados com o PT, inclusive um ministro do Supremo Tribunal Federal, estão criticando abertamente a condução coercitiva decidida pelo juiz Sérgio Moro, considerando-a como contrária às regras judiciais.
Como disse Lula, ele nunca se negou a prestar depoimento à Polícia Federal, e o fez em outros momentos, tão logo foi chamado para tal procedimento, inexistindo, portanto, causa para que a condução coercitiva fosse determinada.
Tudo na verdade faz parte de uma imensa articulação que visa, exclusivamente, desmoralizar Lula perante o seu partido, e, ainda, no seio da população brasileira, perfeitamente consciente de tudo o que foi feito, em seu favor, pelo PT, por Lula, e, agora, pela presidenta Dilma.
Na qualidade de um parlamentar federal do PT, apenas, no momento, licenciado para colaborar na gestão do governo petista na Bahia, sinto-me na obrigação de me dirigir aos companheiros e companheiras de partido para alertar sobre esse golpe em curso.
Num momento tão grave como este, é preciso, como diz o presidente Lula, não abaixar a cabeça, pois é justamente isso o que desejam os que trabalham para a desmoralização do PT e de todo um trabalho que
está sendo feito para mudar os rumos da história do Brasil.
Ao fazer o alerta, aproveito para também conclamar os companheiros e companheiras a assumirem as ruas em defesa do projeto partidário, e, na mesma linha, da história pessoal construída por Lula durante
os últimos 40 anos da vida nacional, desde a luta contra a ditadura.
Vamos pois, todos juntos, manifestar claramente a nossa disposição em continuar construindo o Partido dos Trabalhadores, uma tarefa seriamente ameaçada, neste momento, pela ação indisfarçável dos nossos adversários.
Às ruas companheiros e companheiras, em defesa do PT, do companheiro e ex-presidente Lula e, mais do que isso, de todas as conquistas do povo brasileiro desde a ascensão do partido ao governo do país no histórico ano de 2003.