Novos caminhos para Salvador e o foco na mobilidade

Jaques Wagner
01/11/2013 às 06:57
A presidenta Dilma chega hoje a Bahia para inaugurar a Via Expressa Baía de Todos os Santos que, além de ligar a BR-324 ao Porto de Salvador, oferece mais caminhos para a cidade se mover. Talvez seja esta a mais impactante intervenção urbana das últimas décadas em nossa capital.  A última grande obra foi, sem dúvidas, a Avenida Luiz Viana, a Paralela.

Na condição de governador, me empenhei pessoalmente no sentido de convencer a presidenta a abrir sua agenda, transferir seus inúmeros compromissos, e nos visitar novamente porque ela foi de fundamental importância para que a Via se tornasse realidade, através de uma parceria entre os governos Federal e Estadual.  O meu muito obrigado a presidenta Dilma.

Posso assegurar ao leitor, residente em Salvador, que a Via Expressa é apenas o começo de uma série de intervenções focadas na mobilidade urbana. Esta Via será imprescindível  para a economia, pois passaremos a contar com um equipamento de infraestrutura motivando a  movimentação para o nosso porto, contribuindo para o preço das cargas ser mais competitivo. Como conseqüência positiva, teremos ainda  a retirada de mais de dois mil veículos pesados, entre caminhões e carretas, que sobrecarregam as já saturadas avenidas de Salvador.

Independentemente deste aspecto econômico, gostaria de focar a importância da Via para a mobilidade em Salvador. Para os seus moradores exercerem o direito de ir e vir de forma mais rápida e humana. A Via vai acrescentar novas rotas ao tráfego da cidade. As regiões do Comércio e da Cidade Baixa, de um lado, e do Iguatemi, Cabula e Paralela, do outro, vão ser interligadas pela Via Expressa.

 O investimento em mobilidade é prioridade. É o que o Governo do Estado está fazendo em parceria com o Governo Federal.  E mobilidade não é apenas construir novas pistas. É também investir em transporte público de qualidade. É investir em integração, em transporte multimodal. Num acordo com o município, a Prefeitura passou o metrô para o Estado, que está fazendo a sua parte.

Realizamos um leilão público para retomar as obras do metrô, com o compromisso de colocá-lo nos trilhos já no próximo ano numa linha entre a Estação da Lapa e o Retiro. Finalmente, teremos metrô.  Vão ser duas linhas num total de 42 Km. A primeira até a Estação de Pirajá. A segunda do Bonocô ao vizinho município de Lauro de Freitas. Projetos já estão sendo feitos para que o metrô também chegue até Cajazeiras.

O Governo Federal também está investindo em VLT (Veículos Leves Sobre Trilhos) para o Subúrbio e em BRT (Bus Rapid Transit), da Lapa ao Iguatemi, numa parceria com o governo estadual e a Prefeitura, respectivamente. Com isso, ganham os moradores da capital, que brevemente poderão – distante dos engarrafamentos - ter uma qualidade de vida bem melhor, com mais tempo para a família, para o lazer, para o esporte, para a prática de leitura, etc.
Em parágrafo anterior, falei sobre intervenções que estão em processo de licitação ou mesmo sendo desenvolvidas pelo Estado com foco em mobilidade urbana.  Exemplos são: o complexo de viadutos do Imbuí e Narandiba, a duplicação da Pinto de Aguiar, a alça de ligação entre a Avenida Luiz Eduardo Magalhães e a BR-324, a duplicação da Avenida Gal Costa indo até Pirajá, a Avenida Lobato/Pirajá, a duplicação da Avenida Orlando Gomes,  a implantação da 29 de Março, entre outras. 

Com as obras concluídas, Salvador terá pela primeira vez na sua história dois corredores transversais ligando a Baía de Todos os Santos à Orla Atlântica.  Tudo isso, incluindo o metrô, significa investimentos da ordem de R$ 7 bilhões. Vale lembrar que a mesma parceria entre Estado e União resultou na implantação do Complexo Viário 2 de Julho, importante intervenção urbana nas proximidade do nosso aeroporto internacional.
A nossa obrigação é continuar trabalhando e buscando sempre o melhor para Salvador e para a Bahia. Talvez nunca se tenha feito tanto em mobilidade quanto nos últimos sete anos, graças principalmente ao apoio do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma.