PIXAÇÃO, POLUIÇÃO VISUAL E GRAFITE

Leonel Mattos
22/04/2010 às 09:22

Foto: BJÁ
Poluição visual com agressão a obra de arte no gradial de Carybé na Piedade
Pixação é uma forma de protesto, geralmente de jovens, que usam tinta
spray e atacam casas, monumentos e o patrimônio histórico em geral,
contestando o que acham errado. "Atacam" porque pintam em locais completamente
inadequados, causando danos que terão que ser reparados.

No caso dos jovens que pixaram dentro do prédio da Bienal, em São Paulo, a pixação não deveria ter assumido essa forma pejorativa, porque o erro não está na forma de expressão, na pintura, mas no local onde é pintado, e no prédio da Bienal eles usaram um espaço em branco que era destinado às pessoas que quisessem fazer alguma coisa. Mas, mesmo assim, foram processados, por fazerem o que representava seus trabalhos nas ruas da cidade!

Quero lembrar que a linha faz parte do desenho, ela é uma expressão artística, e mesmo sendo uma letra, ou um nome, ou uma figura!

Aqui em Salvador, o prefeito João Henrique criou o projeto Salvador Grafita com
a proposta de manter a cidade limpa e bonita. Convidou todos os pixadores para
fazerem parte do projeto, forneceu as tintas e demais materiais  necessários,
juntos escolheram os locais a serem grafitados, dando assim dignidade e
reconhecimento ao trabalho, elevando a auto estima dos pixadores e
grafiteiros, remunerando e criando um museu à céu aberto!

Hoje os grafiteiros ganharam o mundo divulgando a Bahia através do Graffite! Parabéns Prefeito!

Agora, quem pixar na cidade, vai pagar multa, mas não podem ser
confundidos os jovens que usarem a linha, mesmo em preto e branco, em locais
adequados como muros e tantos outros.

Poluição Visual é tudo aquilo que se coloca em locais inadequados, como
por exemplo, esses baneres na frente do Teatro Castro Alves, que têm a
função de divulgar o que acontece no Teatro, patrocinado pelo governo!

Assim também foi alvo o gradil de Carybé no Campo Grande que serviu de suporte
para baneres de arte, como se fosse varal de corda, um projeto da Fundação
Gregório de Matos. Na época dei uma nota no jornal e não fizeram mais!

Temos que cuidar da cidade como se fosse a extensão da nossa casa, a
nossa sala de visitas!