SIGNTUR diz que grandes shows abalam estruturas do Peloruinho
Tasso Franco , Salvador |
11/02/2025 às 18:31
Clarindo Silva fez mais um protesto protesto
Foto: REP
Uma coroa de flores foi colocada em frente à Igreja de São Francisco de Assis, no Cruzeiro de São Francisco, CH de Salvador, em memória póstuma à Giulia Panchoni Righetto, turista de 26 anos que morreu após ser atingida pelo desabamento de parte do teto do templo, na última quarta-feira (5). Guias de turismo realizaram um protesto cobrando maior preservação do patrimônio histórico de Salvador durante a manhã desta terça-feira (11).
O escritor e compositor Clarindo Silva, uma das personalidades mais conhecidas do Pelourinho, lamentou a morte da jovem e cobrou mais atenção aos patrimônios tombados. "Estamos fazendo uma declaração de amor a esse lugar, que apesar de ter sido tombado, tem recebido poucos investimentos", disse. Clarindo citou outros pontos do Centro Histórico que apresentam danos estruturais.
Entre eles, imóveis localizados na Ladeira da Montanha, Ladeira do Carmo e Baixa dos Sapateiros. "Nós precisamos ver o Pelourinho como o coração dessa cidade", cobrou. Os guias turísticos que participaram do protesto lamentaram o impacto do desabamento de parte da igreja, a mais visitada do Pelourinho.
SINDICATO
O Sindicato dos Guias de Turismo do Estado da Bahia realizou nesta terça-feira (11), um ato em solidariedade às vítimas do desabamento do teto da Igreja de São Francisco de Assis, no Pelourinho.
Segundo Rivva Rodrigues, presidente do sindicato, a mobilização também tem como objetivo cobrar a preservação do patrimônio histórico de Salvador. Ela destacou que muitos monumentos e prédios históricos, incluindo fachadas do Pelourinho, estão em estado precário, representando riscos para turistas e moradores.
“Não é só dentro dos espaços, mas também nas ruas históricas por onde passamos explicando sobre os monumentos. Muitos desses precisam urgentemente de cuidados para preservar vidas”, afirmou Rivva Rodrigues ao Metro1.
A presidente destacou que grandes eventos realizados no centro histórico têm prejudicado a conservação de monumentos e imóveis. O sindicato já encaminhou ofícios solicitando reformas urgentes e alertou sobre a situação de igrejas como a Ordem Terceira do Carmo. “Felizmente, após o ocorrido com a Igreja de São Francisco, os órgãos começaram a realizar visitas para elaborar relatórios”, informou.
O sindicato planeja novas ações de conscientização sobre a preservação do patrimônio histórico após o Carnaval, buscando garantir a segurança de turistas, visitantes e profissionais que atuam diariamente na região.