Se não for reformado como previsto a tendência é entrar em ruinas e desabar algumas estruturas
Tasso Franco , Salvador |
07/02/2025 às 11:51
Foto do Palácio Rio Branco, ontem, tirada do Tira Chapéu
Foto: OG
Recentemente (11 de jan 2025) comentamos aqui o abandono do Palácio Rio Branco, no centro histórico de Salvado. Com o desabamento de parte do texto da igreja de São Francisco se o palácio continuar fechado como se encontra, desde 2021, a tendência é seu teto também desabar.
Lembremos então o que se passa oor lá: O Palácio Rio Branco onde funcionou nos últimos anos o Memorial dos Governadores baianos está fechado desde final de 2021. No inicio de 2022 foi anunciado sua concessão à empresa BM Varejo Empreendimentos por 35 anos. No prédio histórico - também foi revelado - que funcionaria um hotel. Mas, até agora, passados mais de 3 anos, nada aconteceu. Está fechado e o matagal ao lado da encosta só cresceu e virou área de cobras, ratos e pássaros.
As escaderias da entrada viraram pousadas de moradores de rua. Os turistas não encostam por lá e os guias os colocam no meio da praça e dizem que "aquele lugar ali" foi a ex-moradora dos governadores. O local é histórico, mas, na Bahia a história tem sido relega ao terceiro plano e até a verba do governo do Estado ap IGHB foi cancelada.
Na época da concessão, A Tarde informou, em 01/02/2022, matéria de Rodrigo Aguiar: - Também foi alienada "área contígua ao imóvel", declarada de utilidade pública por um decreto estadual de outubro do ano passado, com o objetivo de "garantir a sua efetiva utilização econômica, capaz de contribuir ao processo de reurbanização do local", conforme o resultado da concorrência, publicado nesta terça-feira, 1º, no Dário Oficial do Estado.
- Como antecipado, a empresa vencedora, única participante da licitação, administra a rede hoteleira Rosewood e tem negócios na França e Itália, de acordo com a Secretaria de Turismo do Estado (Setur).
- Deverão ser realizados no edifício-sede "obras e ações de reforma, restauração, requalificação de uso (retrofit); além de posterior conservação e manutenção" durante o prazo do contrato.
- O Ministério Público da Bahia (MP-BA) chegou a entrar com uma ação contra a concessão do Palácio Rio Branco, mas a Justiça considerou que houve perda do "objeto do pedido de liminar que objetivava o adiamento do certame uma vez que, quando do protocolo da inicial, este já teria ocorrido". O MP também recomendou à Setur a suspensão da licitação.