Política

DEPUTADO ZÓ defende reduzir vazão do São Francisco para evitar colapso

Redução da vazão prejudica pessoal do baixo São Francisco
Tasso Franco , da redação em Salvador | 23/08/2016 às 16:42
Deputado Zé: "A solução tem que ser imediata"
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   O deputado estadual Zó (PCdoB), representante de Juazeiro e região, afirmou nesta terde de terça-feira, 23, no plenário da Assembleia Legislativa que já existe uma situação de pré-calamidade no município de Sobradinho e áreas adjacentes ao Rio São Francisco com um volume de água da ordem de 16%, o "que poderá haver um colapso, igual ou pior do que o do ano passado, se não houver, desde já, uma redução da vazão do volume de água".

   Segundo Zé é uma situação critica e que não pode ser postergada para amanhã, "tem que ser tomada uma providência, hoje, de imediato", frisou alertando as autoridades que ainda estamos no mês de agosto e o nível da barragem já caiu bastante.

REDUZIR VAZÃO

A Agência Nacional de Águas (ANA) promoveu ontem (22), em Brasília, mais uma reunião para avaliar os impactos da vazão reduzida no rio São Francisco. Apesar do desejo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) seja de reduzir a vazão do nível atual de 800 para 700 metros cúbicos por segundo (m³/s), o pedido não foi formalmente apresentado à agência federal e nem ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

 A solicitação vai de encontro à opinião da seccional de Sergipe do Ibama. O órgão distribuiu um estudo baseado em trabalhos produzidos por pesquisadores de universidades federais através do qual indicam a necessidade de aumentar a vazão para 900m³/s. O motivo está na preocupação com a possível proliferação de algas na região, em virtude da baixa defluência do rio.

 O assunto voltará a ser debatido em outra reunião convocada pela ANA para a próxima segunda-feira (29.08), a partir das 10h, também por videoconferência. O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, acompanhou a reunião por videoconferência, no escritório do colegiado, em Maceió (AL). “Esse pedido, quando for formalizado, irá provocar muitos questionamentos, especialmente no Baixo São Francisco”, antecipa ele.