Verba suplementar de R$25 milhões para fechar as contas da Casa Legislativa seria o motivo principal
Tasso Franco , da redação em Salvador |
18/09/2013 às 16:04
Sessão caiu no nascedouro: dep Pedro Tavares olha o painel surpreso
Foto: BJÁ
Segue a "rebelião silenciosa" de deputados da base governista diante de possíveis cortes em verbas de cabinetes e demissões de comissionados, caso o Poder Executivo não libere a complementação orçamentária para a Casa Legislativa estimada em R$25 milhões para fechar suas contas no exercício de 2013.
Nesta quarta-feira, 18, pelo segundo dia consecutivo o líder do PT, deputado Rosemberg Pinto, pediu verificação de quórum no pequeno expediente, assim que os trabalhos iriam começar sob a presidência de Carlos Brasileiro (PT) e a sessão caiu.
O líder nega que uma coisa tenha a ver com a outra, e destaca que é só questão de estratégia para acalmar ânicos na Casa e na próxima terça-feira, as votações retornam. Ao que se ventilou nos bastidores da Casa, assim que a sessão caiu, é de que o presidente Marcelo Nilo (PDT) vai levar o assunto ao governador Jaques Wagner, provavelmente na próxima sexta-feira, 20, assim que ele retornar de férias. O BJÁ tentou, hoje, falar com Marcelo mas não conseguiu.
Em off, deputados comentaram que houve uma reunião com os líderes da base governista na última segunda-feira, com Marcelo Nilo, e este expôs a situação com todas as informações, inclusive de um acordo que teria sido selado com o governo para que a verba suplementar, como ocorre todos os anos, fosse paga em 4 restações. Há informes dando conta de que uma dessas parcelas foi paga, mas, as três outras, por sinalização da Seplan/Sefaz não seriam honradas.
Durante este encontro, o deputado Rosemberg Pinto, líder do PT, teria dito que o problema não é administrativo-financeiro e sim de natureza política. E o deputado Jean Fabrício, líder do PCdoB, comentou durante o encontro, aborrecido, de que os parlamentares da base 'já não têm nada' e ainda 'querem tirar o que resta da verba do gabinete.
A oposição está a cavalheiro. Sequer compareceu à Assembleia, salvo o deputado Pedro Taves (PMDB) que chegou a entrar na sessão, mas, já havia caído. A deputada Graça Pimenta (PR) também estava presente, mas, preocupada em discutir seus rumos políticos e sua candidatura a reeleição, em 2014.