Colunistas / Esportes
Zé de Jesus Barrêto

NA MESA DA COPA: Torcedor que morra. Não tão nem aí

Os caras de pau desrespeitam os torcedores e o país
12/07/2014 às 11:55
É só olhar a cara de felicidade da dupla FelipãoParreira. Risos, desprezo, arrogância, barriga e bolsos cheios. Tão cagando e andando pro torcedor brasileiro. Deram uma entrevista de ‘rrupiar’, pela indecência, a cara de pau de ambos. O Parreira na postura de executivo da CBF, irônico ao defender seus patrões, isentando a entidade de qualquer culpa sobre qualquer coisa. Nota 10. Felipão fazendo o papel de burocrata ‘dono da verdade’ em cargo de chefia, peitando a decência. Ora, deu-se bem com garoto propaganda, que mal lhe pode advir ?

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Hum, enquanto isso, os patrocinadores sentiram o baque no caixa e promoveram a volta do ‘empenado’ Neymar, o ‘garoto de ouro’, à Granja Comary, chegando em alto estilo, no meio de uma sessão de treinamentos bate-bola e logo cercado de holofotes para uma grande e bem urdida entrevista coletiva. 

O menino é iluminado, fala bem. Espremeu os olhos para que saíssem algumas lágrimas quando falou da contusão, disse que perdoava o agressor colombiano que quase o deixa em cadeiras de rodas, mas reafirmou que a entrada zuningal não foi de um lance normal de bola, falou em falhas de planejamento e de treinamentos para a Copa, sem citar nomes ou responsáveis, disse que o futebol brasileiro está atrasado desde as divisões de base dos clubes, elogiou a Argentina de Mascherano e desejou sorte ao amigo Messi, por quem vai torcer na decisão de domingo : Argentina x Alemanha. 

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Por fim, disse que vai com os companheiros de time à semifinal deste sábado, joguinho safado engana-bobo - Brasil x Holanda – que vale a classificação final em terceiro e quarto lugares da Copa. Os holandeses estão de malas prontas e o espírito já na Europa, por eles nem iam a campo. Já os brasileiros precisam ‘honrar a pátria’, lavar um pouco a vergonha (nódoa inapagável) daquela goleada estratosférica e humilhante sofrida contra os alemães. 

Felipão, pra variar, fez uns treinos meia-boca e não deve mexer muito na equipe (?) já que ele acha que nada fez de errado, os 7 x 1 resultaram de um ‘apagão’ de 8 minutos e no mais a equipe foi bem a copa inteira. Isso foi o que ele disse que viu. Melhor seria, entendo cá, que ele reunisse os jogadores e dissesse assim: sentem-se, discutam vocês, escalem o time que acham melhor e joguem como sabem, fiquem à vontade. Acho até que poderíamos jogar um pouquinho de bola brasileira neste sábado melancólico, assim acontecesse. 


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A presidente Dilma declarou, há pouco mais de uma semana: “ Nosso governo tem o padrão Felipão”. Imagina o arrependimento !!! Agora, ela vai ter mesmo de entregar o troféu no Maracanã ao vencedor, no domingo? Com ou sem vaias e xingamentos, entregará o valioso Troféu Fifa aos ‘constrangidos’ alemães ou aos pândegos ‘hermanos’ maradonistas ? Será o Neuer ou o Messi a receber o dourado e cobiçado objeto das mãos (limpas e livres ? ) Sra Presidenta.

Não tenho vidências. Pela bola jogada, deve dar Alemanha. É mais equipe. Pero, lós hermanos peleam! A Argentina tem ganas e tem Messi; pode sim surpreender. 
No mais, saibam que ao lado de Dilma, estarão no Maracanã o presidentes da Rússia, Sr Putin e da China, Sr Xi Jiping, mandatários dessas potências econômicas da Europa e Ásia, parceiros comerciais do Brasil. Dona Cristina, a ilustre vizinha botocada, estará presente?
 
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No dia 16, quarta-feira, em Brasília, acontecerá um encontro de Chefes de Estado e de governo dos países do chamado BRICs – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul , e mais os presidentes de 12 países da UNASUL – União de Nações Sulamericanas. 
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Pois que tomemos juízo e tenhamos educação, todos: ‘zelites’, classe média, brancos, pobres, negros, mulatos, sararás, misturebas, todos os brasileiros : Vamos maneirar nas vaias, guardemos pra depois os xingamentos, a vingança. Nas urnas, em outubro, que tal ¿ Se não em nome do Brasil, em nome da deusa bola ! Merece. 

Chega de pesadelos, de tanta vergonha, brasileirada! Não bastou o 7 x 1, a surra que levamos dos ‘alemão’ ?