A realidade é que os dois times baianos da Série A do Brasil não têm equipes para competir com os grandes do centro sul
O começo deste 2013 tem deixado os torcedores da dupla Ba Vi com pulgas picando inquietas atrás das orelhas. Até agora as diretorias dos times de massa do Estado não anunciaram uma só contratação daquelas que merecem uma recepção no aeroporto. Nada. E olha que o ano passado não foi dos melhores para nossas equipes. Todos esperavam bons reforços para esta temporada que inicia.
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O rubro-negro, por exemplo, em 2012 não ganhou nada; apenas conseguiu se classificar entre os quatro primeiros da Segundona, no sufoco, adquirindo assim o direito de retornar à Série A este ano. E daquele time de altos e baixos, goleadas e derrotas inexplicáveis, muitos foram embora, alguns até bons jogadores como o zagueiro Vitor, os meias Kem e Tartá, o atacante William ... Até agora, de novidade apenas o treinador Caio Júnior, que mal conhece o plantel, e o atacante Maranhão, artilheiro do Asa de Arapiraca na Série B. Claro, o Vitória tem uma boa divisão de base, mas basta? A equipe precisa de zagueiros- pelo menos dois mais rodados- , laterais, meio-campistas e atacantes para reforçar, recompor e fechar o elenco.
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O Bahia, em 2012, venceu o Campeonato Baiano, depois de 11 anos penando, fez papelão na Copa do Brasil e na Sulamericana e... quase mata de enfarto o torcedor para conseguir se manter na Primeira Divisão, fazendo alguns bons jogos fora de casa e decepcionando na maioria das vezes em Pituaçu. Da equipe do ano passado caíram fora jogadores que davam para encher um caminhão de entulhos. O clube manteve o treinador Jorginho e a base do ano passado, que mal deu pro gasto, e até agora anunciou como contratados: o goleiro Douglas, o zagueiro Brinner e o atacante Thuram, três desconhecidos, aposta pura. A equipe tem deficiências reconhecidas no meio campo ofensivo e sobretudo no ataque; é um time que chuta pouco e faz poucos gols. A direção do tricolor dessa vez fala que vai apostar nos atletas revelados nas divisões de base, ao invés de sair contratando ex-atletas ainda em atividade. A torcida vai ter de pagar pra ver, literalmente. E vai cobrar.
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Com essa chamada política de ‘pés no chão’ anunciada pelas diretorias de Bahia e Vitória vamos ter sim um Ba Vi enfraquecido, em princípio e em tese, para este ano que começa. Enfraquecido em relação ao ano que passou, como já argumentamos, e sobretudo bem mais enfraquecido diante dos clubes maiores do eixo sudeste/sul, que possuem e movimentam outro volume de recursos, muito além do que os clubes nordestinos, e já vêm anunciando contratações de alto calibre, algumas até de encher os olhos, como é o caso de Pato, de Lúcio, Ganso, Vargas, Robinho ... milhões de dólares, euros !!! Sonhos.
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Assim, vamos ter, pra variar, um ‘Baianão’ meia boca, como tem sido há anos, com os times da capital testando, buscando formar um plantel razoável até o começo do Campeonato Nacional, lá pra maio, jogando pelaqui verdadeiros babas em gramados tipo roçado por esse interior afora, em estádios sem condições, sob arbitragens discutíveis, com futebol de nível técnico baixo e arquibancadas vazias. Ora, se é essa a qualidade do produto, ruim, como vamos querer que o torcedor encha as arquibancadas e pague caro por tais ‘espetáculos’ ?
Ah, esse ano temos ainda, logo de cara, o retorno do Nordestão, competição que é uma incógnita. Vai pegar, vai dar renda s que possam permitir que os clubes paguem em dia suas folhas salariais ? Essa é a preocupação , afinal. Ora, sabemos todos que os clubes de Sergipe, Paraíba, Ceará e Pernambuco estão na mesma barca dos baianos, um miserê, cada dia mais empobrecidos diante do poder do Sul que nos levam os melhores e os mais promissores atletas e ainda contratam o que há de ‘top de linha’ no mercado.
Pergunto: Dá para competir de igual para igual com Santos, São Paulo, Fluminense, Grêmio, Inter, Cruzeiro, Botafogo, Atlético MG ... só para citar alguns ? A diferença de qualidade técnica, física, e valor dos elencos é brutal, um disparate de salários, privilégios ... Um abismo. Até podemos vencer um joguinho ou outro, aqui e ali, com muito suor, um pouco de sorte e alma, porque futebol não tem lógica, o jogo é sempre ‘uma caixinha de surpresas’ , mas... há um abismo de poderio, e isso quase sempre se reflete nos gramados !
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Diante desse quadro, até compreendemos que Bahia e Vitória pisem o pé no freio e decidam dar chance aos atletas criados nas suas divisões de base. Não dá para jogar o parco dinheirim fora, apostando em sucatas. Mas que os treinadores tenham a sabedoria de escalar os garotos na hora certa, e que a chamada ‘ mídia esportiva’ não cobre tanto deles e que o torcedor tenha um pouco de paciência, como tem com os ferro-velhos que aqui aportam para encerrar a carreira, enganando.
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Fazendo um rápida análise dos elencos:
No gol o Bahia está bem servido, com Lomba e Omar; Douglas, recém-contratado, 21 anos, é opção de banco. Nas laterais, Madson vai ter sua vez, Jussandro continua, Ávine deve voltar a jogar (é que esperamos) e Neto diz que quer ficar mas tem proposta do Botafogo do Rio, quer mais um trocado, claro. Na zaga, Dany Moraes e Titi são titulares e crre por fora o Brinner, recém chegado; aí ainda precisa de reforço. Meio campo de marcadores: Fahel, DIones, Helder, o veterano Cléberson e o garoto Ãnderson; os armadores Jefferson (será que joga?), Magno (que voltou do Ceará) , o futuroso Talisca e o enrolado Zé Roberto (? Será ?); como atacantes, Gabriel, Souza, Thuram (?), Ananias (que dizem tem propostas do Cruzeiro) e mais os garotos Ítalo Mello, Ryder... Será que dá pro gasto neste primeiro semestre?
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No Vitória, os goleiros Deola e Gustavo (da seleção brasileira sub-20) garantem; pelas laterais, Nino Paraíba (apresentou-se machucado) e Mansur precisam de bons reservas; no miolo de zaga, o maior problema: Gabriel Paulista precisa de um companheiro mais vivido a seu lado e bons reservas, a defesa carece de reforços; a equipe tem bons marcadores: Michel, Mancha, Mineiro, Edson e Coruja. Daí para frente o rubro-negro tem : Artur Maia (será que deslancha?), Willi (machucado), Marquinhos (precisa se remotivar), os meninos Alan Pinheiro, Marconi, o veterano Dinei ... e o recém chegado Lúcio Maranhão. É uma equipe verde, que pode até amadurecer e dar liga jogando, mas... o torcedor nas ruas está cobrando contratações.
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É bom lembrar que este é o ano da nova Arena Fonte Nova!!! ..Que já está com as obras em fase de retoques, acabamento, finalização da colocação da cobertura, moderníssima, e já começaram o tratamento do gramado que será plantado nos próximos dias. A inauguração do estádio está prevista para o dia 29 de março, data da fundação de Salvador. E vai ter jogão, o Ba X Vi pelo Campeonato Baiano, logo em seguida. No dia 22 de junho, lá, teremos o grande clássico Internacional, valendo pela Copa das Confederações: Brasil X Itália. Uma partida de Campeões do Mundo, inédita por essas plagas. Imperdível. Preparem o bolso !
Com o alto preço dos ingressos na Arena Fonte Nova e nas outras ‘novas arenas’ pelo país, sobretudo aqui no Nordeste eu temo pelo processo de seleção e elitização do futebol . Vai sim acontecer uma brutal mudança no perfil do torcedor de estádios aqui em Salvador, não tenho dúvida disso. Espero que não expulsem de vez das novas arquibancadas com assentos numerados e acolchoados os torcedores das camadas média e baixa da população. O futebol por aqui sempre foi um esporte, um lazer do povão.
Essa questão é, de meu ponto de vista, importante, e já devia estar sendo discutida, debatida, avaliada... pelo seu impacto social, comportamental . Quem encara ? Pelo visto, o secretário (?) Ney Campello não tá nem aí pra isso, né ?
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Por falar em ‘autoridades’ tupiniquins , outro dia li uma entrevista do ministro dos Esportes, o alagoano Aldo Rebelo, onde ele diz isso sobre a carência de piscinas olímpicas públicas em Salvador :
‘Vejo como algo inexplicável. Salvador não é apenas uma cidade importante do Brasil, Salvador é uma cidade importante do mundo. Foi a nossa primeira capital, é uma cidade histórica, de grande tradição em cultura e culinária (sic). Eu creio que é uma carência que deve ser preenchida, com esforço que pode reunir o governo federal, o governo do Estado e a própria prefeitura. Acho que os três juntos têm a obrigação de dar a Salvador uma piscina olímpica pública’.
‘Clap, clap, clap’ para as palavras do Sr. Ministro. Mas pareceu, na entrevista, que ele desconhecia o fato de antes haver piscinas públicas (olímpicas) bem ali juntinho do estádio, a Fonte Nova, que foi demolida. A Fonte Nova era um estádio olímpico, com ginásio, piscinas, pista de atletismo etc... As piscinas também foram detonadas por determinação do Sr Governador, obedecendo ele as exigências e interesses dos tais consórcios, construtoras, Fifa, governos e o ‘escambau de asa’, que a gente não sabe de tudo o que se passa por trás dessas decisões milionárias. E é preciso que a gente lembre também que foi prometida a construção imediata de outra piscina noutro lugar, mas ... Não foi, governador ? Só que, até agora tudo não passou das palavras e de promessas. E relembremos ainda que a Bahia sempre foi destaque nacional em natação, já tivemos até medalhista olímpico (Valério, lembram ?) .
Então, com esse papo aí do Sr Ministro (que não estava em palanque, portanto a gente precisa confiar) , bastam se reunir as seguintes autoridades: o prefeito ACM Neto, o governador Jaques Wagner e o próprio ministro Aldo Rebelo e... já, amanhã, deflagrar o processo de construção, urgente, da nova piscina olímpica da cidade, moderníssima, pronta em tempo de treinar nossos atletas para as olimpíadas de 2016. Ora, pois, falta o quê ? Marcar uma reunião... onde, quando? E canetar tudo. É pra já, garotos! A Bahia exige: ‘Queremos de volta a nossa piscina olímpica’ ! Cadê ? JW , o Sr, está nos devendo essa, viu ?
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Nessa terça a FIFA divulga a e premia os melhores do mundo. Messi, Cristiano Ronaldo ou Iniesta? Neymar concorre ao gol mais bonito. Olho na tevê.
