Tecnologia

DATA DRIVEN FINANCE E AGILE FINANCE. POR THIAGO CAMPAZ

A receita para sobreviver a ambientes macros desafiadores
PiaR Group , Salvador | 27/09/2023 às 18:37
Thiago Campaz
Foto: Divulgação

O marcante colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank ocorridos no início deste ano abriu os olhos de muitos CFOs sobre a necessidade de revisarem suas estratégias de crescimento, identificarem eficiências e gerenciarem melhor o fluxo de caixa.

 

O que fica notável dentro desse acontecimento é que a responsabilidade dos CFOs, há muito, já deixou de ser a tradicional gestão da lucratividade. A capacidade de fortalecer o crescimento e a eficiência da empresa, encontrando o equilíbrio entre ambos, é o que torna o papel do CFO como central — ao lado do CEO —, estratégico e crucial para o sucesso e sustentabilidade da empresa. E quando isso não ocorre, pode significar um risco para a existência do negócio.

 

Para se ter uma ideia, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 48% das empresas nacionais fecham as portas em até três anos devido à falta de uma gestão eficiente.

 

A gestão eficiente deve ser entendida como a gestão estratégica, e a estratégia mais importante é ter extrema clareza de onde você está gastando dinheiro. Para isso, adotar uma abordagem proativa para a alocação de recursos é essencial, e é aqui que entram as metodologias de Data Driven Finance e Agile Finance — ambas pautadas pela tomada de decisão informada, processos modernos de gestão e uso de ferramentas tecnológicas de apoio.

 

Quando falamos sobre gerenciamento financeiro, precisamos considerar o macro ambiente, e em ambientes macro desafiadores, as melhorias de processo precisam ir além de apenas otimizar o capital de giro e fortalecer os balanços; é fundamental ter os insights e processos certos para ter sucesso diante do inesperado.

 

Em tempos desafiadores, o maior desafio para os CFOs pode ser convencer seus conselhos a não reagirem apenas por instinto. Para fazer isso de forma eficaz, não se trata de apenas compartilhar dados. Trata-se de retratá-los de uma forma que seja útil para a tomada de decisões e, principalmente, contar com uma informação confiável e de alta precisão. 

 

O ponto mais importante para a gestão financeira estratégica é assegurar que todos os tomadores de decisão da empresa sejam capazes de confiar nas informações que estão recebendo. E o que sustenta cada vez mais essa abordagem proativa é a integração dos dados relevantes de negócios e a fácil transformação desses dados em insights.

 

  Ou seja, as informações são úteis porque os dados corretos ajudam as organizações a mudarem suas decisões ou a tomarem, mais rapidamente, as decisões que já tomariam de qualquer forma. Uma notícia positiva é que as companhias podem — e devem — contar com o apoio da tecnologia nesse desafio. 

 

  Atualmente, existe uma série de softwares capazes de integrar, em um só lugar, contas bancárias, cartões financeiros, faturamento da empresa e outras informações importantes para o setor. Dessa forma, uma companhia consegue visualizar o que está funcionando e o que não está surtindo efeito, de forma rápida e eficiente. 

 

Também, em tempos bons, dados e insights podem te ajudar a gerenciar o crescimento da empresa da maneira mais eficaz possível. Em qualquer cenário, os dados certos permitem trabalhar em sintonia com outros executivos departamentais, convergindo na definição de uma estratégia fantástica para o futuro.

 

  Assim, o ponto principal é que se você deseja se destacar dentre os seus concorrentes e tornar seu departamento financeiro mais estratégico, o investimento em uma gestão financeira moderna — com processos modernos e ferramentas de apoio realmente facilitadoras — é imprescindível e primordial. 

 

Pense nisso! 

 

  *Thiago Campaz, é CEO e co-fundador do VExpenses. Trabalhou por 6 anos assessorando grandes empresas do agronegócio na otimização de suas estruturas de capital, em processos de estruturação de dívida, acesso a mercado de capitais e fusões. Participou da captação de mais de R$ 1bi em financiamentos.