Mudar e adaptar-se ao novo não é um processo fácil, muito menos rápido. Hoje, Dia da Escola, vamos falar sobre o Novo Ensino Médio? Aprovado em 2016, o Novo Ensino Médio entrou em vigor neste ano para os alunos da 1ª série do Ensino Médio nas redes de ensino públicas e privadas, seguindo as alterações em todas as séries até 2024. 

A mudança vai aumentar a carga horária total ao longo dos três anos, que passa de 2.400 horas para 3 mil horas. Destas, 1800 horas serão destinadas para os componentes obrigatórios da Base Nacional Comum Curricular e 1200 horas, para os Itinerários Formativos. Mas, em termos de conteúdo, o que realmente muda e como isso pode colaborar para uma melhor educação nas escolas? 

O primeiro impacto acontece no aumento da carga horária e na divisão da grade curricular entre a Formação Geral Básica (FGB) e os Itinerários Formativos (IF). A Formação Geral Básica corresponde a 60% da carga horária obrigatória do Novo Ensino Médio e propõe a formação por competências e habilidades, preconizadas pela BNCC. 

Os Itinerários Formativos são a parte flexível do currículo e podem ser divididos em: área do conhecimento, formação técnica e profissional ou ainda integrado, combinado mais de uma área do conhecimento, complementada ou não por uma formação técnica profissional. Tais mudanças promovem o aprendizado com maior profundidade e sentido ao passo que estimulam os estudantes a protagonizarem seu processo de desenvolvimento acadêmico e profissional. 

De acordo com Viviane Brito, CEO do Villa Global Education, “Os grandes volumes de conteúdos — a memorização de vida curta utilizada apenas na execução de provas — já não podem ocupar prioritariamente o espaço do ensino, pois, sem desenvolvimento de competências, a escola não cumpre suas finalidades para o mundo atual. Urge a síntese inclusiva de conteúdos e competências integrada a um novo currículo para esta e para as novas gerações”.

A ideia de preparar o aluno para SER e fortalecer suas habilidades dando maior autonomia já faz parte da proposta pedagógica do Villa. O colégio expressa os rumos e os desdobramentos do programa de educação por meio de Dimensões Curriculares, que são guias para todas as experiências de aprendizagem desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, sempre buscando preparar o aluno para além da profissão e com valores para vida. 

Cultura Digital, Pensamento Científico, Multiletramento, Sustentabilidade e Inteligência Socioemocional são alguns dos pilares trabalhados dentro Villa que se conectam com o Novo Ensino Médio. “A mudança já foi implementada na escola desde 2021, com os alunos da 1ª série do Ensino Médio. Neste ano, foi estendida aos alunos da 2ª série e, em 2023, finalizaremos o ciclo de implantação com a 3ª série”, afirma Joice Lemos, coordenadora do Ensino Médio do Villa Global Education, Campus Litoral Norte.  

Semelhantemente ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os objetos de conhecimento serão divididos em áreas: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Todos os componentes serão reorganizados e trabalhados de maneira sistêmica, sem exlcuir nenhum deles.  “Todo aluno deve cumprir a Formação Geral Básica da base curricular, que contempla os componentes Português, Prática de Linguagens, Inglês, Matemática, Biologia, História etc.”, ressalta Selma Brito, diretora da unidade Paralela do Villa Global Education. 

Viviane Brito ainda ressalta: “Vive-se um novo paradigma em que a educação precisa tomar partido do contemporâneo e do inaugural, atentando para hoje e para o futuro, sem perder, no entanto, os laços com os conhecimentos construídos pela humanidade ao longo da história.”

Os alunos poderão contar, ainda, com ajuda pedagógica para descobrir interesses e habilidades, assim como traçar planos para seus objetivos pessoais e profissionais, fornecendo maior incentivo à preparação dos jovens para o mercado de trabalho. “A transmissão dos conhecimentos construídos e acumulados pela humanidade somou-se à necessidade de se materializar em competências e habilidades, capazes de instrumentar as pessoas para agirem e resolverem problemas, a fim de encontrar soluções diante de desafios e, sobretudo, para selecionar, organizar e hierarquizar o volume de informações produzidas. A educação não pode mais ficar num único e restrito espaço temporal”, conclui Viviane.