Tecnologia

A CADEIRA E O ALGORITMO: A ELÉTRICA ERA INSTRUMENTO MODERNO NA MORTE

Leia o novo livro de Tasso Franco no Wattpad: A Cadeira e o Algoritmo
Tasso Franco , da redação em Salvador | 23/11/2021 às 07:32
A cadeira elétrica
Foto: REP
     Em "A Cadeira e o Algoritmo" - novo livro do jornalista Tasso Franco que está sendo publicado por capítulos no Wattpad - ele comenta no capítulo 5 exatamente sobre a harmonização tecnológica entre a cadeira - objeto dos mais antigos usados pelo homem - e os algoritmos dos computadores. Aparentemente, uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas, entendendo-se que uma pessoa manuseia um computador sentado numa cadeira, tem uma forte relação.

  Em inovação tecnológica o que existe de mais relevante numa cadeira surgiu no final do século XIX quando Thomas Edison disputava com Nicolas Tesla qual o melhor sistema de energia elétrica por longas distâncias para abastecer as residências nos EUA, se por corrente alternada ou contínua. A tese de Edison - a corrente contínua - teve prevalência e ele, para mostrar que a corrente alternada provocava acidentes, fazia experimentos públicos matando animais.

  Daí foi um pulo para a execuação de humanos presidiários e surgiu a cadeira elétrica, sendo William Kemler, em 6 de agosto de 1890, o primeiro executado, em Boston. Kemler havia matado sua esposa a machadadas.

  A cadeira elétrica é um instrumento de aplicação da pena de morte por eletrocussão inventado e utilizado essencialmente nos Estados Unidos, onde o condenado é imobilizado em uma cadeira, sofrendo depois tensões elétricas de 2 000 volts. 

  Quando surgiu, em 1890, foi apresentada como um sistema moderno e eficaz para substituir métodos de execução considerados pouco civilizados, como o enforcamento, em que a pessoa agonizava por muito tempo antes de morrer. 

  Hoje, dos 36 estados que adotam a pena de morte nos EUA apenas nove deles conservam a cadeira como uma das opções do condenado. Ainda assim, tem um currículo quase 4 500 presos eletrocutadosdesde a sua introdução. 

  O método mais usado, atualmente, é a injeção letal.

  Dos 196 países que integram a ONU a pena de morte ainda é aplicada em muitos deles, mas 108 já a aboliram completamente. A Indonésia aplica a pena de morte por tráfico de drogas e ficou famoso o caso da execuação por fuzilamento, em 2015, do brasileiro Rodrigo Gulart, preso em 2004 com uma prancha de surf contendo cocaina. No Irã e na China ainda se usa o enforcamento tendo o público como testemunha.