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JOVENS DA CIDADE ALTA E BAIXA PARTICIPAM DE FORMAÇÃO EM CINEMA

O projeto que está sendo executado pela produtora Tenda dos Milagres contemplou alunos do ensino médio de escola pública
Reinaldo Oliveira , Salvador | 01/03/2021 às 12:07
Jovens da Cidade Alta e da Cidade Baixa participam de Formação em Cinema
Foto: Zoom CACB

Trinta jovens de bairros periféricos de Salvador estão tendo a oportunidade de participar de uma Formação Gratuita em Cinema até o mês de abril através do Programa de Formação Cidade Alta – Cidade Baixa: A Gente Faz Cinema.

 

O projeto que está sendo executado pela produtora Tenda dos Milagres contemplou alunos do ensino médio de escola pública e tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal e tem o objetivo de uma experiência afirmativa que dá ferramentas para que jovens possam se expressar cinematograficamente e serem autores, roteiristas, protagonistas, editoras e editores de suas próprias histórias.

Para Cecília Amado, uma das idealizadoras do projeto: “O audiovisual é sem dúvida a linguagem do século e os jovens têm o direito de aprender a ‘ler e escrever’ audiovisualmente para contar suas próprias histórias. Cidade Alta, Cidade Baixa é uma imersão completa no universo  audiovisual para que esses jovens de Salvador possam dizer: ‘sim, a gente faz cinema!’ ”.

 

Em função da pandemia do novo coronavírus,  a Formação está acontecendo de forma virtual nesta etapa para atender todos os protocolos de higiene e proteção contra a Covid-19. No entanto, os alunos contam com todo suporte de uma equipe com vasta experiência e, eles estão entusiasmados com a oportunidade.

 

João Eric, disse que é apaixonado por filmes desde criança e se imagina fazendo seus próprios filmes. Assim como ele, muitos jovens pensam em trabalhar com cinema e têm grande curiosidade pelas áreas de roteiro, fotografia e edição. Aliás, a curiosidade foi um dos principais critérios de seleção, assim como o amor pela arte: “Me interesso por muita coisa” disse Ana Clara, e completou “mas no fundo do peito sei que não conseguiria viver essa vida sem contato com a arte”.

As atividades serão realizadas até 05 de abril. A formação foi dividida em duas turmas.  A primeira turma com jovens moradores dos bairros da Cidade Alta e a segunda com jovens da Cidade Alta. Serão abordadas todas as etapas técnicas e criativas do fazer cinematográfico. O conteúdo está dividido em três etapas: um curso online de introdução às principais funções do audiovisual, um workshop de imersão com realização de dois curtas no gênero documentário e uma série de 4 encontros virtuais sobre  oportunidades do mercado para iniciantes. Finalizado o processo de formação, será promovido um encontro com os dois grupos onde serão exibidos e debatidos os filmes realizados, promovendo um intercâmbio entre os jovens da Cidade Alta e da Cidade Baixa. No total, 30 (trinta) jovens estão participando da formação.

Cecília Amado destaca ainda que “O Programa de Formação Cidade Alta – Cidade Baixa: A Gente Faz Cinema tem potencial para ser ferramenta de transformação pessoal e empoderamento. E vai muito mais além, desperta a criatividade e o sentido de pertencimento, ensinando também uma profissão aos jovens”.



 

Sobre a Tenda dos Milagres

 

Produtora criativa que surge a partir do filme “Capitães da Areia” e da vontade de continuar dialogando com a infância, temas sociais e com a mulher contemporânea. Atuante no mercado audiovisual baiano desde 2012, reúne as roteiristas e diretoras Cecilia Amado e Jamille Fortunato e a produtora Karina Paz e está à frente das séries “Da Manga Rosa” (Cine Brasil TV)  e “Toda Menina Baiana” (TVE) e dos longas “O Amor Dentro da Câmera” e “Edson Gomes – Reggae Resistência”. Na área de formação, começou com as Oficinas Infantis de Lençóis (2013) em parceria com Orlando Senna e realizou os projetos CINEMIN (2014), No Centro Tem Histórias  (2015) e o premiado Cinema e Sal (2015-17) onde foram produzidos 12 curtas realizados por  adolescentes de comunidades pesqueiras.