Uma mudança profunda na forma de fazer jornal que serviu de modelo para outros jornais do país
Tasso Franco , da redação em Salvador |
03/11/2017 às 10:16
O paraíso multicor nas mãos de cinco jovens
Foto: REP
Quando lançamos o Bahia Hoje, em 1993, nenhum jornal da Bahia e provavelmente do Brasil tinha uma Editoria de Arte da maneira que montamos com Machintoch e processadores que permitiam produzir as ilustrações, charges e outros em policromia sem uso de caneta nankim como até então esses profissionais faziam.
Foi uma mudança tão grande e provocou um alvoroço nos concorrentes do Estado, nós ainda servindo de modelo para outras empresas no país, que não tinhamos tempo de atender a todos os pedidos.
As charges nos jornais eram limitadas a determinadas páginas, em p&b, normalmente em cidade ou em política, ou fixa como fazia A Tarde na sua página editorial, e nós liberamos de forma proposital para todas as páginas em grandes formatos, ilustrações imensas em policromia, produzidas por Caúhh Gomes e Flávio Luis, que agitaram o mercado de tal forma, não restando outra alternativa a não ser correr atrás do nosso projeto.
Quando o Bahia Hoje fechou Caúhh Gomes (assinava com dois h) foi para A Tarde e Flávio Luis para o Correio da Bahia. Tinha mais dois jovens nesta editoria: Ney Mustafá e Marcelo Damasceno.
Quem comandava a editoria era Tarcísio Duarte, profissional que trouxe de Belo Horizonte (em primeiro plano nessa foto acima) que, também com sua mulher Oriana implantou a paginação eletrônica de diagramação. Todo esse processo era feito nos computadores, nada de papel e nankim, e lançado nas páginas - fotos, textos, chages - via on-line. Para a época foi uma revolução e tanto.
Introduzimos de forma muito intensa as charges e desenhos nas editorias de Poltica e de Esportes. A capa do segundo Carderno (Cidade da Bahia) quase sempre tinha uma ilustração de Caúhh Gomes ou de Flávio Luis, dois premiados profissionais. (TF)
