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Tasso Franco

PSDB pode ficar de fora do segundo turno com seu "Vamos Conversar"

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07/10/2013 às 10:25
1. Até agora o PSDB está zonzo diante da decisão de Marina Silva ingressar no PSB, o que pode fazer com que os "tucanos" fiquem de fora de um provável segundo turno nas eleições de 2014. 

   2. Evidente que, na política, a conta matemática não é direta, cheia, plena, mas, ainda assim, só para ilustrar esse comentário, segundo o IBOPE, última pesquisa, Marina tinha 16% das intenções de votos; e Eduardo Campos 4%, o que significa (em tese) 20%; Aécio caiu de 12% para 11%; e a presidente Dilma está com 37%.

   3. A pesquisa Ibope também apontou que Dilma foi a única candidata que se manteve no ponto de equilíbrio entre 38% (a penúltima) e 37% (a última Ibope) se recuperando do "tsunami" de junho passado; enquanto os seus adversários, que já estiveram com pontuações mais altas, cairam: Marina de 22% para 16%; Aécio de 16% para 11%; e Eduardo de 6% para 4%.

   4. Portanto, é de se supor, até porque o Programa Mais Médicos está sendo bem avaliado pela população, que Dilma tenderá a crescer, ainda que não seja nos patamares que tinha antes dos movimentos de rua, acima de 54%, mas, lhe garantiria, pelo menos uma ida ao segundo turno. 

   5. Acontece que, até agora, o "Vamos Conversar" de Aécio não está empolgando a população brasileira nem no campo da política propriamente dita; nem nas redes sociais e agora tem o fator Campos/Marina ou Marina/Campos. Ainda está em aberto quem será o candidato a presidente, segundo o próprio Campos declarou que "eles (PT) é que estão fazendo contas e preocupados. Nós não temos pressa".

   6. Pode ser. Mas, quem deve estar mais preocupado é o PSDB, pois, se ficar nesse diapasão de "Vamos Conversar" sem algo que sensibilize o eleitorado, o seu "milharal" será comido pelo PSB. 

   7. O PSB, também em tese, não pode ser sigla de aluguel para Marina ser candidata a presidente. No Brasil, no entanto, vota-se é no nome. Daí que se for Marina, o eleitorado não vai estranhar porque o projeto é mudar o governo do Brasil, segundo Campos precisando de uma nova dinâmica com Dilma paradona.

   8. O governador Wagner desconfia que Marina como vice de Campos não "agrega". Tem-se dúvida. Só a prática poderá dizer doravante com as pesquisas que virão por aí. Marina não falou em "agregar", mas, em "adensar". Ou seja, tornar o PSB mais "denso", mais "compacto" num primeiro momento, ainda sem a escolha do nome da cabeça da chapa. Inicialmente se divulgou que seria Eduardo Campos (presidente) e Marina (vice), mas, o jogo está em aberto.

   9. Pelo sim; pelo não e curioso foi que os analistas políticos da imprensa nacional levaram esse "baile", ninguém sequer previu ou comentou antecipadamente a aliança de Marina com o PSB, fato bastante relevante e que deu uma mexida na sucessão presidencial e nas sucessões dos estados.