Colunistas / Política
Tasso Franco

AS PESQUISAS E UM NOVO TEMPO NA CAPITAL BAIANA

VIDE
30/08/2012 às 09:01

Foto: DIV
A insistência de Pelegrino em ser prefeito pela 4ª vez estaria causando desgaste
   A pesquisa divulgada pelo Vox Populi/Band sobre Salvador, por enquanto, não altera substancialmente o quadro já revelado pelo Ibope de uma preferência por ACM Neto, DEM, na casa dos 40% das intenções de votos.

   Na Vox/Band se configura o que já estava exposto no Ibope, de uma polarização entre os nomes ACM Neto x Pelegrino, deixando o candidato do PMDB, Mário Kértész, fora desse processo e uma queda ainda maior do candidato do PRB, Márcio Marinho, agora na casa dos 3%.

   O quadro, portanto, a partir da primeira pesquisa Ibope (3 de agosto) não se alterou porque os números de Neto (40% Ibope; e 41% Vox) não se mexeram, salvo uma pequena tendência de crescimento (1%); enquanto Pelegrino cresceu de 13% (1ª Ibope) para 18% (Vox), ao que tudo indica retirando pontos do eleitorado do PMDB que caiu de 8% para 5%; e de Marinho que despencou de 5% para 3%.

   Evidente que, se as eleições fossem hoje, Neto ganharia no 1º turno. Mas, o pleito ainda é em 7 de outrubo, faltam 37 dias, e muita água ainda vai rolar embaixo da ponte, certamente com um reforço do "Time de Lula" a Pelegrino para que o candidato petista possa se tornar competitivo.

   Essa é, sem dúvida, a única esperança de Pelegrino, pois, sem carisma, sem renovação e com a insistência pela 4ª vez em ser prefeito, a população (até agora) vê com desconfiança a oportunidade de lhe dar essa chance. Pelegrino já está há 8 meses em pré-campanha e campanha e deveria ter um número mais alto de avaliação, se supunha.

   Em politica, nunca se sabe. Um fato novo, uma derrapada do preferencial, uma "onda", tendências nacionais, tudo isso pode mudar um quadro ainda que, pelos números até agora colocados, Neto está bem solidificado e seu eleitorado não dá sinais de que pode migrar para outro candidato, ainda mais para Pelegrino.

   Poderia até migrar para MK e essa era uma das opções de crescimento do PMDB, porém, isso não aconteceu. A campanha de Marinho é apenas para marcar posição.

   MK está incorrendo, provavelmente, no mesmo experimento de Pelegrino: a sociedade mudou e há uma nova percepção da cidade e de sua gente. Estariam, assim, com suas propostas, desgrudados desse movimento e Neto parece se apresentar como a bola da vez porque seus adversários não estão preenchendo esse espãço de exigência. 

   O tempo é vital. Faltam 40 dias para o pleito. A campanha entra no mês da decisão com o 7 de Setembro, o grito dos excluidos e mais um protesto de professores. São os novos tempos em movimento.