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Tasso Franco

NOVOS MOVIMENTOS NA SUCESSÃO EM SALVADOR 2012

Veja os candidatos e prováveis candidatos
11/06/2011 às 21:01
Foto: BJÁ
Um dos vários problemas da capital: desamparados nas ruas, ambulantes e terra batida
    1. Os primeiros movimentos à sucessão do prefeito João Henrique (PP), em Salvador, já começaram. Em campo, de maneira mais explícita estão o deputado Nelson Pelegrino (PT), já apontado pelo governador Wagner como preferencial deste partido, consensual; a senadora Lídice da Mata, candidata natural como bem disse nota da Executiva Municipal do PSB; e a deputada federal Alice Portugal, PCdoB.

  2. Ainda estariam na lista o deputado ACM Neto, DEM, líder das pesquisas até agora, que admite sua candidatura deste que as forças da oposição (PMDB, PSDB, PPS e outros) o apoiem; o deputado Antonio Imbassahy, PSDB, o qual pontua nas pesquisas e admite a aliança com Neto; o deputado Marcos Medrado, PDT, lançado pelo presidente nacional deste partido, Carlos Luppi; e o deputado Márcio Marinho, do PRB.

  3. O PMDB admite disputar a eleição, mas, não fala em nomes. No caso de Feira, este partido cita Colbert Martins. Em Salvador, prefere aguardar mais um pouco. Geddel Vieira Lima, ao que se sabe, gostaria de se reservar para 2014, uma candidatura a governador do Estado. O PDS, de Otto Alencar, em constituição teria os nomes do próprio Otto e do deputado Alan Sanches. O PTB teria Edvaldo Brito. O PP do prefeito JH teria, em tese, o deputado João Leão.

  4. Salvo o deputado Nelson Pelegrino, o qual já está em pré-campanha, ontem esteve no Pelourinho e hoje no Subúrbio Ferroviário com o secretário da Saúde, Gilberto José, nome que dificilmente arredará pé de sua candidatura, os demais são incógnitas na medida em que, uns podem compor com Pelegrino; outros com Neto e assim por diante.
É uma equação da matemática eleitoral.

  5. A dúvida maior é saber se, de fato, os dois tradicionais aliados do PT, o PCdoB e o PSB vão mesmo lançar nomes próprios à competição. O PCdoB, por exemplo, sempre fala nisso, promove encontros e preliminares, e na hora H desiste. Desta feita, a deputada Alice Portugal jura que é pra valer. E o deputado estadual Álvaro Gomes (PCdoB) entende que o seu partido está preparado para enfrentar a eleição.

  6. O caso de Lídice é um pouco mais complicado porque o PSB não gostaria de perder um dos seus senadores no Congresso Nacional onde tem três assentos. Lídice, no entanto, é impetuosa, ousada, e pode ser pressionada pela população, por dados de pesquisas. E aí não tem PSB que segure sua intenção de eleger-se prefeita de Salvador, ela que foi a primeira prefeita da capital baiana (1993/1996).

  7. Em relação a ACM Neto dificilmente ele terá outro caminho a não ser candidatar-se, quer com apoio da oposição ou não. Tem um enorme cabedal de votos e esses sulfrágios são intransferíveis. Ou ele encara essa situação, forçado pelos seus eleitores, ou seus votos vão ficar boiando e será fatal para suas pretensões futuras. Passá-los para Aleluia, não dá. Passá-los a Imbassahy teria algum sentido, mas, para isso, o deputado tucano teria que pontuar nas pesquisas à sua frente.

  8. Os nomes dos outros partidos não têm densidade eleitoral para enfrentar o pleito de Salvador. Marcos Medrado, do PDT, teve dificuldades para se eleger deputado federal e sabe de suas limitações. Tentou ser candidato em São Francisco do Conde, em 2008, e desistiu a tempo. Em Salvador, a situação é mais complicada. Pode compor.

  9. O bispo Márcio Marinho, o qual se queixou de não ter sido relacionado na pesquisa divulgada recentemente tem os votos da Igreja Universal do Reino de Deus e não teria expressividade eleitoral em outras camadas da sociedade. É nome para compor. O vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito, da mesma forma. Já esteve conversando com Lídice (PSB) e Daniel Almeida (PCdoB). É nome para compor. 

  10. A admissível candidatura do deputado João Leão pelo PP, com apoio do prefeito JH, não tem futuro. João está em baixa, passa por dificuldades na Prefeitura, e, ao que tudo indica, está mais propenso a apoiar Nelson Pelegrino (PT) do que bancar uma candidatura própria. Quer aproximar-se do governador Wagner e terminar seu mandato numa posição melhor do que a desfruta agora.