Colunistas / Política
Tasso Franco

SUCESSÃO EM SALVADOR MARCHA COM MESMO MODELO DE 2008

SAI jOÃO HENRIQUE E ENTRA LÍDICE
04/04/2011 às 10:02
A informação de que o deputado federal ACM Neto (DEM) será candidato a prefeito de Salvador divulgada através da Rádio Metrópole, ontem, não traz nenhuma novidade ao mundo da política, salvo o fato de reconhecer, publicamente, o que já vem articulando nos bastidores, já dito aqui neste site há dois meses, que o deputado falara a um interlocutor seu desejo de não retornar mais à Brasília na condição de parlamentar.

  E, em sendo assim, seus objetivos são a Prefeitura de Salvador e o governo da Bahia.

  ACM Neto por pouco não foi eleito prefeito, em 2008. Na disputa semi-final, se vai ao segundo turno com apoio de JH teria ganho. Mas, acabou ficando em terceiro e se enfrentaram na final JH x Pinheiro, o primeiro tendo sido apoiado por Neto, em segundo turno e eleito. Tivessse acontecido o contrário ACM Neto x Pinheiro, Neto teria sido o prefeito.

   Nada mais natural, portanto, que, em 2012, retorne à condição de candidato do DEM entendendo que pode formatar uma boa coligação e disputar o pleito com competitividade.

   De novo, mesmo, nessa pré-corrida à Prefeitura, foi a informação divulgada pela senadora Lídice da Mata dando conta de que o PSB terá candidato não coadjuvante.

  E, como tal, à luz de uma provável candidatura étnica, de um negro, com Zulú Araújo e/ou João Jorge, que não têm densidades eleitorais, pode ter até densidades políticas ao debate, enriquecer as querelas, o nome competitivo é o da própria Lídice.

  Desse modo, a eleição de 2012, ficaria bastante parecida com a de 2008, no tripé competitivo ACM Neto, Lídice da Mata e Nelson Pelegrino, entendendo-se Pelegrino candidato do PT, uma vez que ninguém acredita nas insinuações do senador Walter Pinheiro, postas na Tribuna da Bahia, de que recomendaria um apoio do PT nas eleições de 2012, passando a ser coadjuvante do process.

   No ano de 2008, houve o tripé ACM Neto (DEM), João Henrique (PMDB) e Pinheiro (PT); e, em 2012, marcha-se para um quadro bastante parecido, com ACM Neto (DEM), Lídice (PSB) e Pelegrino (PT).

   E o PMDB desaparecia de cena? Não.

   O ex-deputado Geddel Vieira Lima confesa em bastidores, a alguns interlocutores, que poderá sair candidato a prefeito, ainda que não seja seu objetivo principal, para oxigenar o nome visando 2014, sua candidatura ao governo do Estado, ter um palanque para inserir o PMDB no contexto da sucessão, clarear as informações sobre o que classifica de uma "traição" de JH, e aproveitar o momento para fazer críticas ao governo Wagner, que considera apático e pongador de obras do governo federal.

   Demais candidatos já citados neste site anteriormente e pré-lançados, casos de Edvaldo Brito (PTB), Alice Portugal/Olívia Santana (PCdoB), Marcos Medrado (PDT) ainda são incógnitas. 

   O PRB analisa com o bispo Márcio Marinho, a possibilidade de lançar Raimundo Varela; e o PP, do prefeito JH, João Leão. O futuro PSD, de Otto Alencar, há insinuações em torno do nome do deputado Alan Sanches.

   Competitivos, mesmos, são ACM Neto, Lídice e Pinheiro. E, pelo andar da carruagem, teremos, em 2012, uma disputa muito parecida com 2008.
 
 
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