Colunistas / Política
Tasso Franco

SUCESSÃO EM FEIRA ESTÁ COM SINALIZAÇÕES BEM CLARAS

Faltam os acertos complementares
24/03/2011 às 07:10
Foto: Jair Onofre, blog
Deputado Zé Neto (PT) vê boas chances de uma candidatura petista
  A entrevista concedida pelo prefeito Tarcízio Pimenta (DEM) ao BJÁ aponta alguns caminhos para a sucessão municipal em Feira de Santana, segundo mais importante colégio eleitoral do Estado, em 2012.


  Um deles sinaliza que o prefeito não vai se antecipar ao tempo, e aguardará outubro próximo para se decidir quanto à sua permanência no DEM ou mudança partidária.

   Precipitar fatos não está em sua cartilha política. E, ao apressado que poderia ser chamado de "traidor", "infiel" e/ou "ingrato", Tarcízio não dará espaço a esses motes de marketing político para serem explorados pelos adversários.



   Outra trilha bem definida em sua ação política dá conta de que, na mesma estrada, no mesmo espaço, não há vagas para ele e José Ronaldo de Carvalho.



   Portanto, um dos dois terá que sair do DEM. Ou os dois que sejam. Fala-se, em alguns offs na ALBA, que José Ronaldo poderia ir para o PSDB e não foi à toa que, o presidente regional deste partido na Bahia, deputado Antonio Imbassahy anunciou, em recente encontro, que a candidatura de Ronaldo é a melhor para Feira.  Onde há fogo; há fumaça. Mas também pode ser só fumaça, nuvem.



   Uma reforma política está em curso no Congresso Nacional. Mas, poucos acreditam que seja aprovada até outubro próximo. Ainda assim, como navega de vento em popa, célere, tudo é possível e já aprovou, em instância inicial, o fim das coligações.



   Opa!  O PSD teria futuro para Tarcízio nas mãos do deputado Fernando Torres e sem alianças? E o tempo no rádio e na TV numa cidade como Feira de Santana? Daria pra fazer uma campanha sem esses veículos de massa, Feira que tem uma tradição radialista muito forte?

  Não dá. Portanto, é de se pensar e muito. Ademais, sair do DEM de José Ronaldo para o PSD de Torres seria trocar seis por meia dúzia.



   Na sucessão em Feira, ainda existem dois outros nomes prefeituráveis com densidades eleitorais: o atual líder da Maioria na Assembleia, deputado Zé Neto, natural candidato do PT; e o ex-deputado Colbert Martins, do PMDB, bom de voto apesar de ter deslocado seu eixo para Brasília, o que, de certa forma perde o contato dia-a-dia com o eleitorado do município. O deputado Sérgio Carneiro (PT) já sinalizou apoio a Zé Neto.



   Esta semana conversei com Zé Neto, na ALBA. O deputado está cauteloso e não quis falar do assunto mais diretamente. Vê, no entanto, boas chances de uma candidatura petista no município, como apoio Wagner/Dilma.

   Observa que, consensualmente, em Feira, os políticos admitem de forma muito clara um segundo turno, em 2012, uma situação nova e que requer muita cautela. E, óbvio, bom senso, conversas, entendimentos, bom relacionamento em contrários, e assim por diante.



  É isso: a sucessão em Feira está em banho Maria com sinalizações claras, meridianas, mas, sem definições objetivas. E elas só sairão quando a fruta estiver bem madura. Quem cometer deslizes nessa fase de pré-arrumação pode sobrar