Colunistas / Política
Tasso Franco

CAMPANHA BAIANA VIRA CAMINHÃO DE JAPONESES

Wagner continua favorito para vencer pleito
06/08/2010 às 08:26

Foto: IPBIOPRETO
Na multidão somos um só e é preciso sensibilizar o eleitorado
 
Completa hoje um mês que se iniciou a campanha eleitoral propriamente dita na Bahia, a partir da liberação pelo TSE da propaganda de rua, comícios, carreatas e outras manifestações.

Pelo exposto, até agora, de acordo com as pesquisas até então divulgadas (deve sair hoje ou amanhã o Ibope da TV Bahia/Rede Globo) nada se alterou no quadro sucessório, Wagner como preferencial na casa de 41%/43%; Souto entre 22%/23%; e Geddel entre 11%/13%.



A campanha está morna, diria até que está fria. Não há fatos polêmicos sendo comentados, o debate da UPB que poderia ter gerado algum rebuliço morreu e Wagner vai atravessando seu "Rubicão" sem problemas. Souto centraliza suas críticas nas áreas da segurança e saúde; e Geddel segue no mesmo diapasão. Por enquanto, esse discurso não tem sensibilizado a massa.



Os candidatos de oposição apostam todas suas fichas no horário eleitoral do rádio e da televisão que se inicia no próximo dia 17. Mas, temos que convir que o candidato do PT não vá ficar vendo o bonde passar lhe atirando pedras sem reagir. Daí que, a mesma expectativa da oposição é a de Wagner. No mínimo pode dar empate. Como ele esta ancorado em Lula só leva mais vantagens ainda.


Causa até certa surpresa para quem não está acompanhando a política de perto o fato das intenções de votos e da avaliação do governo Wagner se situar no patamar de 44%, em média, segundo a última pesquisa DataFolha. Isso significa que seu governo é apenas mediano e não acompanha o desempenho do presidente Lula que já pontua, no Nordeste, com índice de 84%.



Era de se esperar mais do governo Wagner. Ainda assim, como seus adversários não estão seduzindo o eleitorado, pelo menos até agora, se mantém na dianteira na corrida sucessória e não há sinais visíveis que mudanças possam vir. Em política, é verdade, tudo pode acontecer. Ainda faltam 60 dias para as eleições e o eleitor só começa a prestar mais atenção no cenário político lá para o mês de setembro.



Vamos ter uma idéia mais aproximada do quadro baiano com a divulgação da pesquisa Ibope/TV Bahia e de outras que possam ser divulgadas até o dia 17 próximo, início do horário eleitoral no rádio e na televisão e quando também estão programados debates nas emissoras de televisão.



Wagner já disse que só vai aos debates na TV. Portanto, em outros cenários, está fora. Como é o preferencial que todos querem tirar uma lasquinha, sem ele não tem graça. Candidato que pontua na frente age assim mesmo. Sérgio Cabral, governador do Rio, disse que não vai a debates nem na TV. Está a anos luz de Gabeira e não quer correr qualquer tido de risco. Faz parte do processo.



A coisa mais curiosa da campanha na Bahia revela o quanto faz falta ACM. Sem ele e suas tiradas, seu modelo de fazer política, virou tudo japonês no estado. Um caminhão de janponeses, tudo igual. E isso, claro, nesse momento é bom pra Wagner.