Colunistas / Política
Tasso Franco

JAQUES WAGNER E JOÃO PRECISAM MELHORAR SUAS GESTÕES

A de Wagner é apenas regular. A de João Henrique abaixo da crítica.
27/07/2010 às 18:22
Foto: DIV
Wagner e João e o alvará da Fonte Nova. Quem vai faturar politicamente a obra?
  As pesquisas do DataFolha sobre as avaliações dos governos do Estado e da Prefeitura do Salvador revelam que ambos, Jaques Wagner e João Henrique, ainda têm que melhorar suas gestões. Para Wagner, o tempo é mais curto (cinco meses) do que para João (2 anos e cinco meses) e ainda existe tempo para isso.

  O governador Wagner embora ocupe o segundo lugar na mostra divulgada hoje pelo DataFolha, na Folha de São Paulo, ocupando o segundo lugar e avançando posições donde estava (em sexto na última avaliação) deve-se levar em conta que três governadores que estavam à sua frente, Aécio Neves, José Serra e Requião se desencompatibilizaram para serem candidatos a senadores e a presidente da República.

  Wagner cresceu pouco. Mantém como óltimo/bom de avaliação do seu governo 43%; e ruim/péssimo 11%; Não souberam avaliar, 5%. Existe, portanto, uma faixa de regular da ordem de 41%, o que é alta levando-se em conta que já concluiu 80% ou mais do seu mandato.

  Há, portanto, uma faixa flutuante da população (41%, alta) que ainda não se decidiu se migra para o bom/ótimo ou para o ruim/péssimo. Normalmente, final de governo, quando existem muitas inaugurações e outros projetos sendo consolidados a tendência é de que, parte desse percentual migre para o ótimo/bom. 

  Isso ainda não aconteceu. Daí que, sua situação não é confortável. Veja que o governador de Pernambuco tem 62% de ótimo/bom. Aí, sim, situação confortável. 

  É o que tenho dito aqui neste site com certa frequência: o governo Wagner demorou de pagar, sofreu bastante com a crise financeira mundial de 2009, as reformas administrativas e políticas foram tardias, seus grandes projetos estruturantes ainda não se iniciaram, e tudo isso resultou nessa avaliação intermediária.

  Nada assustador. Uma realidade concreta. A questão, agora, é saber se faltando pouco mais de 60 dias para o pleito, sem ajuda da propaganda governamental, se o candidato governador será capaz de convencer a população de que é preciso dar continuidade ao seu governo.
                                                **
  Na capital, a situação do prefeito é mais complicada ainda que seu tempo de gestão, seja maior (2 anos e 5 cinco meses). O prefeito tem 20% de bom/ótimo; 39% de ruim/péssimo; e 39% de regular. Em ano eleitoral, preocupado com o desenrolar dos acontecimentos políticos, a gestão dificilmente vai andar. Salvo, decretos e ações pontuais como foi o carga e descarga.

  João conta com as mudanças que acontecerão em função de projetos para a Copa do Mundo 2014. O problema é que esses projetos estão mais vinculados à esfera estadual (e federal) do que municipal.

  Além disso, o prefeito vai enfrentar, a partir de 2011 críticas mais contundentes ao seu governo em função da sucessão, em 2012. Por mais que não se queira discutir esse tema vai estourar logo depois do Carnaval de 2011.

  Ao prefeito caberá, também, avaliar uma provável aliança mais forte com o futuro governador. Sem isso, não terá como decolar.