Colunistas / Política
Tasso Franco

PSDB/DEM ESTARIA A PONTO DE SE REBELAR CONTRA SENADOR CESAR BORGES

Segmentos da coligação não querem ficar reféns do processo
23/02/2010 às 21:16
  De repente, o senador Cesar Borges (PR) está deixando de ser coadjuvante do processo eleitoral 2010 na Bahia para ser protagonista principal, papel reservado a Wagner, Souto e Geddel, os cabeças de chapas da pré-campanha. Essa novela de Cesar "vai não vai" aderir a chapa Wagner já estaria causando uma inquietação enorme nas hostes da aliança DEM/PSDB, uma vez que o noticiário político tem situado essa aproximação como "favas contadas", sem que o senador se pronuncie.

   Há quem entenda, no DEM/PSDB, que tudo tem um "time" e a política não foge a essa regra. O que esta coligação não parece estar disposta a aceitar é ficar à cavaleiro aguardando uma decisão do senador, sem esboçar a mínima reação. 

   A questão não seria o fato consumado em sí, porque a decisão só cabe ao senador e esta é soberana, as observações depois de tomada fazem parte do jogo político, mas, o que deve ser feito agora: aguardar uma posição de Cesar ou rebelar-se desde já.

   Se o DEM/PSDB tomar uma decisão dessa natureza será uma postura ousada, porém, sem sombra de dúvidas interessante para oxigenar seu pessoal interno que, a essa altura do que vem sendo noticiado, vê o senador mais próximo de Wagner do que de Souto. 

   A tese seria antecipar os fatos e anunciar que estaria analisando outros nomes (como de fato já acontece) sem a possibilidade de contar com Cesar. Dar um "by-passe" descartando uma aliança com o senador. Nesse caso, passível de acontecer, César só teria a possibilidade de ficar com Wagner, ou, em última hipótese aliar-se com Geddel.

   Lembro da campanha política em que César Borges, candidato a prefeito de Salvador, na primeira eleição de João Henrique, em 2004, foi ao segundo turno com João à frente de Pellegrino por pouco. Na época, cogitou-se de uma renúncia do candidato fazendo com que a disputa se desse entre João e Pellegrino, porque a eleição estava resolvida.

   Como César não reunciou porque dependia de uma decisão de ACM, Lídice e Pellegrino se juntaram a João e este venceu com 74% dos votos válidos, no segundo turno, o que resoltou depois no governo de coalizão PDT/PT e PCdoB, entre outros.

   Agora, César virou objeto de desejo dos pré-candidatos a governador, mas, já há muxoxos no DEM/PSDB.