Colunistas / Política
Tasso Franco

WAGNER TEM 3º MELHOR DESEMPENHO NA PESQUISA DE GOVERNADORES

G overnador melhorou em 14% sua performance de ótimo/bom, agora com 44%
25/03/2009 às 15:20
Foto: BJá
Wagner, entre Luis Henrique e Arruda, necessitando atingir a marca dos 50% ótimo/bom
  A pesquisa DataFolha divulgada nesta quarta-feira, 25, e que avalia o desempenho das administrações governamentais em 10 estados, revela que, salvo a posição de Aécio Neves, governador de Minas Gerais e posto em 1º lugar, agora, e na última  pesquisa do mesmo instituto em 15/12/2007, com teto de 77% (ótimo/bom) e notas, 7.7 e 7.6, os demais governadores melhoraram suas posições em termos de desempenho junto à população, embora modificando de posições na tabela geral.

  É o caso, por exemplo, do governador José Serra (SP/PSDB) que caiu da 3ª posição, em 2007, para 5º posição, em 2009, mas, subiu seu bom/ótimo de 49% para 54%, e até melhorou sua nota que era de 6.5 passando para 6.6. Caso, também, do governador Luis Henrique (SC/PMSB) que era o 6º e passou a 8º, porém, subiu de 42% para 45% de ótimo/bom.

  Os melhores desempenhos, nesta rodada, foram dos governadores do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), que pulou de 38% de ótimo/bom para 59% (+21); do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que saltou de 40% para 56% de ótimo/bom (+16); do governador da Bahia, Jaques Wagner, que saiu de 30% e atingiu 44% (+14%); e do governador do Ceará, Ciro Gomes (PSB) que tinha 45% e chegou a 55% de ótimo/bom (+10%).

   Em relação ao governador Wagner, objeto de análise mais detalhada, sua ascensão no ranking só não foi melhor em termos de colocação (se manteve em 7º lugar) porque houve uma melhora generalizada nas gestões estaduais, perceptíveis pela população, em especial o governador Arruda que era o 9º e pulou para o 6º, melhorando sua performance em 21% e reduzindo sua rejeição de 30% para 15%.

   Wagner também reduziu sua rejeição de 30% para 15% e saltou de 30% de ótimo/bom para 44% (+14%), posição que já tinha detectado em pesquisa de consumo interno quando obteve 42% de ótimo/bom. Até melhorou, entre o campo de dezembro/2008 e o do DataFolha (16 a 19 de março/2009) + 2%. Mas, ainda não o suficiente (e até esperado pelo governador) para que atingisse a barreira dos 50%.

   O governador entendia que as últimas obras que seu governo realizou na capital (Complexo viário 2 de Julho e Estádio de Pituaçu) e outras no interior lhe dariam um resultado melhor do que os 42% em mãos, porém, aos olhos do DataFolha, isso aconteceu discretamente (de 42% para 44%). Mas, o importante observar é que sua curva de ótimo/bom está em ascendência, o que, aliás, aconteceu com todos os governadores, exceção de Yeda Crusiu que teve sua rejeição ampliada de 46% para 49%, com discretíssima ampliação de 16% para 17% de ótimo/bom.

  Importante também observar que, as administrações estaduais analisadas (10 das 27 do país) estão melhorando suas atuações, numa situação bastante promissora ao país, cada qual cumprindo com suas obrigações, mesmo aqueles como Aécio Neves (MG) e Roberto Requião (PR) que não podem mais disputar uma reeleição.

  O governador Wagner, inclusive, ao trazer Walter Pinheiro para comandar a Secretaria do Planejamento e interagir com os Ministérios de Lula, aperta sua equipe para melhorar os indicadores. Hoje, pelas análises internas do governo (em pesquisa) e também pelo portal da Ouvidora, os maiores entraves estão na segurança, na saúde e na educação.

   Registre-se que, a segurança deu-se uma melhora. Mas, a educação tem sofrido críticas diárias diante da falta de professores nos colégios. E, na Saúde, apesar do esforço da equipe Solla, a dengue está provocando estragos na imagem do governo.

   No plano nacional, observando-se a união Bahia/Pernambuco/Ceará (outros estados não foram pesquisados) o palanque de Dilma Rousseff está garantido.

   O governador Wagner, recentemente, disse ao editor do BJá que não gosta de tocar bumbo e alardear muito o que realiza. Mas, tá na hora fazê-lo até para que as pessoas percebam isso. Atingir a cobiçada faixa dos 50% de ótimo/bom e acima disso, por ora conquistada por apenas 6 governadores, exige orquestra em ritmo acelerado e um pouco mais de bumbo.