Colunistas / Política
Tasso Franco

O CARNAVAL E AVALIAÇÃO DE WAGNER

Pesquisa será feita no início do mês de março
25/02/2009 às 17:20

Foto: Foto: Divulgação PM
Comandante geral da PM e Ivete Sangalo, aliança para melhorar imagem do governo
  O governador Jaques Wagner determinou que sua equipe de governo investisse pesado no Carnaval de Salvador, quer na mídia paga de forma ampla geral e irrestrita; quer na ocupação dos espaços jornalísticos. E, ele próprio, assumiu o comando dessa operação ao promover um café da manhã com jornalistas, dar uma coletiva no domingo ao lado de seus assessores, e se posicionar como "dono da festa", diante da ação limitadíssima da Prefeitura de Salvador. 

  O objetivo da estratégia do governo é melhorar o seu desempenho na capital cuja performance é percentualmente menor nas cidades menores. De acordo com a última pesquisa Campus, de dezembro último, a avaliação de ótimo/bom do governo se situava em 42% considerando todo o território baiano. Há, ainda, 30% de pessoas situadas no campo regular com tendência a positivo, na observação de Wagner em conversa que tivemos recentemente. 
  
  Isso significa dizer que, se o governo melhorar suas ações junto ao público, esse percentual de regular pode migrar, em parte, para o ótimo/bom. Essa é a aposta do governador. E, o Carnaval e o Estádio de Pituaçu são dois momentos importantes vistos como fatores que podem alavançar essa mudança. Se isso, de fato, vai acontecer, o governo verá no mês de março quando a equipe da Campus fará uma nova pesquisa. A expecativa é de que, tem tudo para acontecer. 
  
   É aí, portanto, que entra o marketing do governo com investimentos na mídia paga - rádio, TV, jornais, web, out-doors, transdoor e outros - no Carnaval Ouro Negro, investimentos diretos nos blocos indo-euro-afro-baianos com matrilínea afro, na área de turismo com a Setur e Bahiatura, e nos segmentos segurança pública e saúde. Além, óbvio, da ocupação da mídia jornalística, o que vem sendo feito com desenvoltura pelos secretários Márcio Meireles e Domingos Leonelli, da Secult e da Setur; de César Nunes e Naílton Mascarenhas, secretário de segurança e comandante geral da PM. 
  
   Até a última campanha eleitoral para renovação dos administradores municipais e câmaras de vereadores, o governo da Bahia tinha entre 22% a 29% de ótimo/bom, segundo as pesquisas divulgadas pelo Vox/A Tarde e Ibope. Na Campus de dezembro este número chegou a 42% avançando entre 20% e 13%, respectivamente. A população vê, dessa forma, uma melhoria do governo. Wagner quer mais e acha que os números de março serão melhores, confiante que está no Estádio de Pituaçu (não avaliado em dezembro) e até no Complexo Viário 2 de Julho. 
  
   De fato, se o governo passar de 50% em ótimo/bom a tendência do regular é diminuir ainda mais ao longo do tempo. O governo abriu os olhos, está mais dinâmico, investe mais em propaganda, está dando calor em vários segmentos agregados ao poder para investir no processo político (Petrobras, Bahiagás, Embasa, Chesf etc) e também apertou o cerco aos secretários e diretores mais proeminentes do "staff" governamental para que falem mais, atuem de forma mais dinâmica e objetiva. 
  
   O exemplo mais claro dessa situação deu-se no Carnaval, com o secretário da Cultura, Márcio Meireles. Está saindo deste Carnaval revigorado, com outro astral e fôlego para dar continuidade ao seu trabalho que era lento, imperceptível, burocrático, com poucos resultados objetivos. Se continuar nesse ritmo após o Carnaval, melhor ainda para ele, para a cultura baiana e para o governo. 
  
   Exemplo que serve para os demais membros da equipe. Wagner diz que 2009 é o ano de realizações para ser julgado em 2010. Daí que, o Carnaval acabou hoje, mas, o ritmo da balada governamental é de axé e de samba-duro. 
  
   Mãos a obra, pois.