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Mariene de Castro e Almério estreiam turnê nordestina em Salvador

Dia 22 de março
André Monteiro , Salvador | 10/03/2020 às 13:28
Mariene de Castro e Almério
Foto: Divulgação

Ela é baiana, deu seus primeiros passos como cantora da Timbalada e, nos últimos anos, ganhou as plateias do país com performances arrebatadoras e se consolidou no exterior como uma das grandes novidades vindas do Brasil. Ele nasceu em Altinho (PE), é considerado um dos mais promissores nomes da nova cena musical brasileira e tem chamado a atenção por suas composições e pela intensa teatralidade de suas interpretações – sendo o ganhador do Prêmio da Música Brasileira 2018 na categoria Cantor Revelação Petrobras – além de ter concorrido na categoria Melhor Cantor, junto com Lulu Santos e Chico César, na mesma edição do Prêmio. 

Mariene de Castro e Almério se reúnem no projeto ‘Acaso Casa’, que tem estreia da turnê no Nordeste começando por Salvador no dia 22 de março (domingo), na sala principal do Teatro Castro Alves, a partir das 20h. Os ingressos estão à venda na bilheteria do TCA, SACs dos shoppings Barra e Bela Vista ou pelos canais do Ingresso Rápido (http://site.ingressorapido.com.br/tca) e custam R$100 (inteira) e R$50 (meia) nas filas A a P; R$80 (inteira) e R$40 (meia) nas filas Q a Z6; R$60 (inteira) e R$30 (meia) nas filas Z7 a Z11. 

SOBRE O “ACASO CASA”

Mariene e Almério se conheceram em uma festa de José Maurício Machline, quando improvisaram algumas canções e vararam a noite em emocionante cantoria. O encontro foi tão forte que ali mesmo decidiram montar um show, batizado de ‘Acaso Casa’. O show é um mergulho no interior dos dois artistas. 

‘Numa reunião em casa onde vários amigos deram canja, os dois se conheceram e se afinaram de forma inusitada, inclusive no que diz respeito ao tom, que muitas vezes entre homem e mulher é muito difícil. Ter escutado e visto a emoção que eles tiveram na união do canto foi uma coisa que contagiou a quem os assistia, mas principalmente aos dois cantores que se emocionaram de alguma forma que as lágrimas caíam em forma de música’, conta Machline, que dirige o espetáculo.

No palco, eles passeiam por um repertório marcado pela afetividade, em canções que remetem à memória musical da casa de cada um. Entre solos e duetos, números como ‘Segredo’, ‘Na Primeira Manhã’, ‘Foguete’, ‘Lamento Sertanejo’ e ‘Espumas ao Vento’ vão dar o tom da apresentação. “A ideia é trazer um pouco a atmosfera daquele primeiro e improvisado encontro e fazer com que o público compartilhe da experiência vivida pelos privilegiados que presenciaram a ocasião. O nome ‘’Acaso Casa’ é pelo fato deles terem trazido de improviso o que remete à verdade musical de cada um, o que ouviram na sua casa, na sua família, os seus gostos e referências pessoais, o que a alma de cada um guardou de mais significativo. Este encontro me motivou e me emocionou ao ponto de mostrar no palco e para o público sentimento que tivemos, traduzida em espetáculo”, comenta o diretor.

Sobre Mariene de Castro:

A intimidade com o palco, que fica latente a quem assiste a um show da artista, começou muito cedo. Aos cinco anos, ela já se apresentava em espetáculos de dança no Teatro Castro Alves, em Salvador, sua cidade natal. Na adolescência, soltava a voz como integrante do grupo Timbalada, de Carlinhos Brown e, em 1996, teve a oportunidade de realizar seu primeiro show solo, no Pelourinho. No mesmo dia, na plateia, estavam produtores franceses que se encantaram por Mariene e a convidaram para uma turnê por 20 cidades da França. Na ocasião, chegou a ser comparada pela crítica local à mítica cantora Edith Piaf, pela força de sua interpretação e a singularidade de seu timbre vocal.

Mariene de Castro despontou no cenário musical brasileiro identificada como uma força da natureza. Seu conterrâneo Roque Ferreira - um dos compositores prediletos da cantora - intuiu certa vez que ela nunca pisava num palco sozinha: alguma força superior entrava com ela em cena e impregnava sua música. Quem a viu crescer nesses anos todos, pôde notar em detalhes a lapidação de seu canto, potente, afinado e caloroso. A pedra lançada na corrente da Timbalada e de Carlinhos Brown, com quem começou dando apoio vocal, adquiriu forma e brilho próprios. Mariene é muito respeitada no Brasil e tem uma carreira internacional consolidada, tendo se apresentado em diversos países; Além da França, Espanha, Portugal e Israel são alguns deles.

Sobre Almério:

Almério é compositor, cantor, ator teatral com olhar peculiar sobre o mundo e o País, que espontaneamente vive de uma antiga e infalível forma de fazer arte: olhar para o que está mais próximo e com isso criar identidade com o que está mais distante.

‘Poxa, a gente pode fazer música?’ foi a pergunta que o pequeno Almério se fez quando ouviu uma vizinha tocar violão. Nascia ali, na cidade natal de Altinho (PE), o artista, que se mudaria aos 20 anos para Caruaru munido de sua “caixinha de sonhos”, para trabalhar numa banca de revistas. Hoje, aos 39 anos, ele vive entre essa cidade do agreste pernambucano, e a capital do estado, Recife.

Influenciada pelos aboios do avô na zona rural de Altinho e pelas bandas de pífanos de Caruaru, a música de Almério nasce com tonalidades modernas e tributária da, digamos, MPB heroica dos anos 1960 e 1970. Apadrinhado pelos pernambucanos Alceu Valença e Geraldo Azevedo e pela paraibana Elba Ramalho (convidada especial na faixa “Do Avesso”, do seu segundo álbum “Desempena”), ele conheceu o Rio de Janeiro, quando fez abertura para o show O Grande Encontro, dos três artistas nordestinos. Em sua trajetória, shows em festivais de grande importância, como o Rock In Rio (Edições 2017 e 2019) e a MIMO Amarante (Portugal). Recentemente o cantor foi vencedor do Prêmio da Música Brasileira na categoria Cantor Revelação Petrobras – e foi indicado também, junto com Lulu Santos e Chico César, a categoria de Melhor Cantor.