Saúde

CAMINHADA NA ORLA ATLÂNTICA DEFENDE PRÁTICA DO ALEITAMENTO MATERNO

Promovida pela Sociedade Baiana de Pediatria e parceiros na manhã de hoje (6), atividade integra calendário da Semana Mundial de Aleitamento Materno e do Agosto Dourado
IP , Salvador | 06/08/2023 às 12:48
Em defesa do aleitamento materno
Foto: Paulo Macedo

A caminhada de domingo na orla ganhou reforço na manhã de hoje (6), no trecho entre o Jardim de Alah e o Centro de Convenções de Salvador. Pediatras, mães, pais, crianças, profissionais de saúde e apoiadores participaram de mais uma atividade da Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) 2023, de 1º a 7 de agosto. Com faixas, cartazes, megafones, plaquinhas com frases, bonecos e muita música, o grupo reforçou o slogan da SMAM: “Apoie a amamentação. Faça a diferença para mães e pais que trabalham”.

Promovida pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), em parceria com o Comitê de Aleitamento Materno do Salvador (Coamas), Comitê Estadual de Aleitamento Materno da Bahia (Ceam), Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba), Unicef, secretarias Municipal e Estadual de Saúde e hospitais que mantêm bancos de leite, a concentração foi feita com café da manhã solidário no gramado do Jardim de Alah. A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) participou da atividade e fez questão de segurar a faixa em defesa da causa.

A presidente da Sobape, Ana Paz, diz que a mulher que amamenta precisa de cuidado e apoio de todos. “Do contrário, é muito difícil atingir o padrão ouro de alimentação infantil, que é o aleitamento materno, por livre demanda desde o nascimento até os seis meses e sustentado até 2 anos, com alimentação complementar”, frisa, convidando toda a sociedade para aderir à causa que só traz benefícios à saúde e à vida.

Presidente do Departamento de Aleitamento Materno da Sobape, a pediatra Rosângela Barboza Farias reforçou o tema da SMAM 2023 e fez um pedido para que todos os dirigentes de empresas se unam à rede de apoio às mulheres que retornam ao trabalho e amamentam.

“É preciso oferecer salas de amamentação e espaços adequados para a ordenha e acondicionamento do leite em geladeiras e freezers, para que essa mãe retorne ao trabalho, mantenha sua produtividade de forma mais segura e tranquila”, explica. A pediatra destaca que a criança amamentada é mais saudável, se recupera mais rápido em caso de doenças e faz com que as mães tenham muito menos ausências no trabalho. “Ganham as crianças, ganham as mães, ganham as empresas e a sociedade”, pontua.

Saúde mental

A psicanalista Claudia Mascarenhas, presidente do Departamento de Saúde Mental da Sobape, reafirmou que “o aleitamento materno tem uma relação absoluta com a saúde mental porque é um momento especial de construção do vínculo da mãe com o bebê e do bebê com toda a sua família. É o momento da troca de olhares e afeto, da construção da imagem da mãe para o bebê. É uma oportunidade de desenvolvimento integral do bebê e, principalmente, relativo à sua saúde mental”.

“É uma questão que defendemos o ano inteiro, orientando pais e mães nas maternidades e nos consultórios e que agora ganha as ruas durante o Agosto Dourado”, pontua a vice-presidente da Sobape, a pediatra Dolores Fernandez. Representando a ala masculina, o pediatra Tiago Bastos destacou o papel do homem nesse apoio ao aleitamento: “Essa não é uma causa só dos pediatras e profissionais de saúde, a mulher precisa do apoio do parceiro para garantir o aleitamento”.

Experiência

O casal Alexandra Farani e Vinícius Farani (foto), ambos com 41 anos, foi à caminhada com a pequena Alícia, 3 anos e 10 meses, amamentada até 3 anos e 7 meses. A mamãe Alexandra garante que o aleitamento materno exclusivo faz toda a diferença em relação à saúde de Alícia.

“Ela é extremamente saudável, demorou muito pra ter viroses, gripes. Tomou o primeiro antibiótico com mais de 3 anos, por conta de uma infecção respiratória, mas que não demorou muito”, conta. “Na escolinha, vira e mexe tem um coleguinha que falta, mas ela faltou pouquíssimo por conta de adoecimento. Por isso, sou super apoiadora da causa antes mesmo de trabalhar no Banco de leite do Iperba. O leite materno faz toda a diferença”, conta.