Colunistas / Literatura
Rosa de Lima

ROSA DE LIMA COMENTA LIVRO AS CARTAS DE BEZOS, DE STEVE ANDERSON

As lições do fundador de uma das empresas mais valiosas do mundo reiurada de suas mensagens aos acionistas
12/06/2020 às 10:04
Estamos vivenciando mudanças radiciais nesse andamento da nova era industrial, a 4ª onda repleta de tecnologias inovadoras, robótica, conhecimento profundo e surgimento de empresas que utilizam essas ferramentos no dia-a-dia de suas atividades empresariais.

  Até para me atualizar com essa realidade, faço parte dela como consumidora dos seus produtos, lí, recentemente, o livro de Steve Anderson "As Cartas de Bezos" (Editora Sextante, 2020, 251 páginas, R$39,00) tradução de Débora Fleck, que trata sobre os "14 princípios para crescer como a Amazon". Ou seja, as lições de Jeff Bezos fundador de uma das mais valiosas empresas do mundo retiradas de suas mensagens aos acionistas.

  A Amazon (nome escolhido como símbolo o Rio Amazonas, por sua grandeza) nasceu em 1994 como uma pequena livraria com venda de livros on-line, uma jogada de risco montada nos primórdios da ascensão da internet nos EUA.

   Em 1997, três anos após a abertura da empresa, quase ninguém tinha nternet em casa. Era discada. O iphone só vai surgir em 2007 para dar velocidade nos negócios. Nesses 13 anos iniciais, a Amazon conseguiu sobrevier da bolha, a crise dos anos 2000 (houve um boom de empresas usando a internet e depois encolhimento e acomodações) só sobrevivendo aqueles que desenvolveram uma filosofia de trabalho e foram persistentes em seus negócios.

  Daí a observação colocada na inicial deste texto mostrando que os princípios estabelecidos por Bezos se firmaram como uma cultura para os novos negócios e para a vida das pessoas. E são utilizados, em repetição e a exaustão, com pequenas alterações, ano-a-ano, até os dias atuais, 26 anos depois. Os negócios estão associados às exigências dos consumidores, da sociedade e de suas mudanças.

  Um desses princípios é acreditar que é sempre o "Dia 1". É o ícone: viver a empresa como se fosse (e é), sempre, o 1º dia, focado na cultura e nos padrões de excelência. Colocar os clientes no topo em satisfação. Muita gente fala nisso, mas, nem sempre cumpre.

  A Amazon adotou essa referência como uma lei, imutável. Tem consciência - o que vale para muitas outas empresas-  que a velocidade das comunicações e os bancos de dados oferecidos aos clientes no planeta, na aldeia global, chegam aos consumidores com vários acessos imediatos e ofertas tentadoras.

  Hoje, um cliente do Brasil, por exemplo, pode adquirir um produtor na Amazon.com nos EUA sem sair de casa, da mesma maneira que pode fazê-lo de um site na China, na Alemanha, na Coreia do Sul, no Japão ou em qualquer outra parte do planeta. E consegue, de maneira rápida e objetiva, navegar em quatro ou cinco plataformas testando preços, agilidade na entrega, marcas oferecidas, qualidade dos produtos, prazos de pagamento, que tipo de crédio adicional oferta, brindes, enfim, o cliente é o rei.

   Então, quando Besoz expõe seus princípios como um dogma o faz exatamente para cativar o cliente na primeira compra e segurá-lo para sempre. Não é tarefa fácil diante da grande oferta proporcionada pela internet, de forma rápida e sedutora.

   No entanto, tem conseguido exito e isso pode ser comprovado pelos números, pelos balançosfnanceiros, crescimento da fidelização dos clientes e amplitude de ofertas. A Amazon não é mais (e apenas) uma empresa exclusiva para venda de livros. Ainda faz isso com, ao menos, 4 modelos distintos: em livrarias fixas com cardápios online apenas com os títulos mais vendidos; exemplares impressos pedidos à distância de qualquer parte do planeta e pelo aplicativo kindle Direct com leitura no iphone e também no áudiophone. 

   Ou seja, você pode, ao invés de ler o livro, ouvir o conteúdo do livro. Imaginem vocês isso no mundo da literatura infantil onde se pode associar ao áudio interpetações teatrais e sonoplastia.

   Não vou citar números da grandiosidade da Amazon porque são tantos bilhões de dólares, a empresa já vale 1 trilhão de dólares, que pode confundir a cabeça dos meus leitores. O importante é dizer, na leitra de "As Cartas de Bezos", que a Amazon estabeleceu conceitos bem estruturados para atuar numa linha de alta tecnologia em vendas e relacionamento com clientes. O que é extremamente dificil diante de uma concorrência dinâmica acelerada, globalizada e com culturas diferentes. 

   Tanto assim que, mesmo com toda sua ousadia, desistiu da China, de conquistar os chineses com seus tentáculos estabelecidos na Ásia preferindo usar os bancos de dados das empresas chinas na venda dos seus produtos, uma associação, sem ser a comandante. 

   Esse é outro conceito já usado por outras empresas, em vários países, no respeito as questões culturais regionais. Na China, por exemplo, o grande dia de vendas é ou 11 de novembro, dia do solteiro; no Brasil, os dias das Mães e dos Namorados.

   É isso que destaco para vocês. Recomendo a leitra de "As Cartas de Bezos" livro bem atual e que ajudará aos meus leitores a entender melor o E-Commerce.