Morte de Pau Flores tem uma série de fatores no campo da politica (Com El Comércio, Peru 21 e A Critica)
Tasso Franco , Salvador |
17/03/2025 às 18:41
Paul Flores da Banda de Cumbia Armonia foi morto a tiros
Foto: PERÚ 21
O governo do Peru decretou estado de emergência na capital, Lima, e na província em volta, enviando soldados para as ruas, após uma onda de assassinatos supostamente ligada a tentativas de extorsão.
A medida foi adotada no final desse domingo (16), após a execução a tiros de um cantor local, Paul Flores, por homens que atacaram o veículo em que ele viajava com membros da sua banda, quando saíam de um concerto nos arredores de Lima.
Os músicos foram ameaçados por um grupo do crime organizado que queria extorquir dinheiro, disseram os representantes da banda.
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“Foi determinado que o estado de emergência seja declarado em toda a província de Lima e na província constitucional de Callao”, disse o primeiro-ministro peruano.
Em mensagem publicada na rede social X, Gustavo Adrianzén afirmou que serão mobilizadas tropas “em apoio à Polícia Nacional”, embora não tenha especificado quantos soldados nem durante quanto tempo.
Adrianzén disse ainda que tomou a medida após reunião com a presidente Dina Boluarte, que decidiu antecipar em dez dias, para esta terça-feira (18), uma reunião do Conselho Nacional de Segurança dos Cidadãos.
O primeiro-ministro informou que as autoridades peruanas também planejam “uma reforma abrangente do sistema prisional”.
Adrianzén manifestou “profundas condolências” aos familiares de Paul Flores e pediu a união dos peruanos.
CONGRESSO REAGE
Presidente do Congresso afirma que é necessária uma reorganização da Polícia diante de uma onda de insegurança cidadã. Eduardo Salhuana considerou também necessária a realização de uma reforma abrangente do sistema de administração da justiça, ou seja, do Poder Judiciário e do Ministério Público.
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“Tudo isto gera desmoralização (…) há muito favoritismo e influência política ou outra. Tudo isto faz com que as viaturas fiquem degradadas, as esquadras em mau estado, as armas não se comprem durante 20, 30, 40 anos, os sistemas de comunicação são pessoais, têm que comprar as balas e ainda por cima existe um esquema legal que às vezes privilegia a defesa do criminoso e não a protecção do agente da polícia que usa a sua arma defendendo o cidadão, a sociedade", expressou.
ARTISTAS AMEAÇADOS
O assassinato de Paul Flores García, vocalista da orquestra de cumbia Armonía 10, poderia ter sido evitado se o Ministério do Interior (Mininter) tivesse participado, há cinco meses, da reunião solicitada pela Associação Peruana de Autores e Compositores (Apdayc) para tratar de ações concretas contra organizações criminosas dedicadas à extorsão de artistas peruanos.
O anúncio foi feito por Armando Massé, secretário-geral da Apdayc, após revelar que todos os renomados artistas peruanos dos gêneros cumbia, rock, salsa, música crioula, entre outros, vêm sofrendo extorsão. Os criminosos, enfatizou, exigem o pagamento do valor de até três contratos, em troca de não atacarem a sua vida ou a dos seus colegas.
“100% de todos os artistas conhecidos estão sofrendo extorsão, mas a grande maioria não denuncia, porque tem experiência de que isso não funciona, mas 100% de todos já receberam pelo menos um e-mail, um WhatsApp, uma ligação pedindo extorsão”, declarou Massé.
Na carta enviada a Juan José Santiváñez em 15 de outubro de 2024, Armando Massé, como presidente da Câmara Peruana de Música (CAPE), indica: (...) Vivemos situações alarmantes que colocam em risco a integridade física e emocional de nossos músicos e de suas famílias. Desde ataques durante suas apresentações até ameaças e extorsões.
COMO FOI A MORTE
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"O ônibus chegou com as luzes apagadas porque estávamos todos descansando. Reagimos ao segundo tiro e gritamos 'deitem-se no chão'. Quando começamos a perguntar se todos estavam bem, Paul começou a gritar de dor e reclamar por cerca de um minuto... pensamos que era uma piada até que alguém disse que ele estava sangrando", disse Carmona à imprensa.
Posteriormente, o 'Russo', de 40 anos, perdeu a consciência. A caminho do hospital Hipólito Unanue, em El Agustino, alguns colegas tentaram prestar-lhe os primeiros socorros para que resistisse até receber atendimento médico adequado.
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