“Aqui não estamos falando de simples unidades habitacionais. Este local carrega um significado, a construção de um condomínio. Estar no Pelourinho, um lugar histórico e simbólico, é estar no coração da nossa luta. As pessoas que aqui vivem não apenas conquistaram suas casas, mas representam a resistência e a batalha por moradia digna em todo o estado da Bahia. A história deles é a história de um movimento que reflete a força e a perseverança de muitos que lutaram por justiça e por direitos fundamentais”, ressaltou o governador Jerônimo Rodrigues.
Ao todo, 82 famílias da antiga Rocinha foram atendidas pela Política Habitacional de Interesse Social, sendo que 20 famílias foram indenizadas e 62 serão contempladas com unidades habitacionais no Residencial Vila Nova Esperança. O empreendimento foi estruturado em um terreno de 7.765,12 m², com uma área total construída de 6.019,95 m², distribuídos em três blocos residenciais, com 56 apartamentos.
“O empreendimento Vila Nova Esperança é um marco na requalificação do Centro Antigo de Salvador, resgatando o papel do território como espaço vivo e habitado, e não apenas como ponto turístico. Este projeto é um exemplo de como o governo pode articular urbanização inclusiva, preservação cultural e habitação digna em áreas centrais”, destacou o presidente da Conder, José Trindade.
Equipado com quadra poliesportiva, dois parques infantis, equipamentos de ginástica, quiosques, pergolados e uma vista privilegiada para a Baía de Todos os Santos, o projeto valoriza a qualidade de vida dos moradores, integrando-os à paisagem cultural e econômica do Centro Histórico. O empreendimento conta ainda com dois espaços coletivos no térreo do casarão, que serão destinados a atividades comerciais e à gestão administrativa do residencial.
As outras seis unidades estão no casarão na rua Alfredo de Brito que ocupa o mesmo terreno dos três novos blocos. A entrega da recuperação e restauro do Casarão Histórico, no âmbito do Programa Bahia Minha Casa, envolveu um investimento de mais de R$ 1,7 milhão. O projeto consistiu na revitalização do casarão 18, que estava em ruínas, preservando as paredes remanescentes, incluindo a fachada frontal, e implementando um novo sistema estrutural. A área comum foi adaptada com uma loja comunitária no térreo, além de um salão com sanitários e depósito destinados ao conselho de moradores, garantindo não só a preservação do patrimônio, mas também a criação de espaços funcionais para a comunidade.
Foi formado um Conselho de Moradores, que estabeleceu diálogo constante e mediou as decisões essenciais, como a definição das famílias beneficiadas e a distribuição das unidades habitacionais. Os residentes participaram de visitas nas unidades e elegeram representantes por bloco para garantir a representatividade nos processos de transição para a nova moradia. A Conder segue acompanhando o pós-ocupação da Vila Nova Esperança para apoiar o fortalecimento da comunidade e construção de autonomia na gestão coletiva do espaço.