Política

SALVEM VIDAS E SALVEM TAMBÉM AS ATIVIDADES ECONÔMICAS DA CIDADE (TF)

Empresários estão desiludidos com as atitudes dos gestores baianos e já fizeram dezenas de apelos
Tasso Franco , da redação em Salvador | 15/07/2020 às 10:23
Os shoppings da cidade estão há mais de 100 dias fechados
Foto: BJÁ
   O governador Rui Costa (PT) e o prefeito ACM Neto (DEM) definiram como axioma central no combate à pandemia do coronavirus, salvar vidas. Trata-se de um postulado correto, os resultados preliminares são visíveis, pois, a Bahia não se encontra entre os estados com maior número de óbitos; nem de infectados apesar de sua dimensão territorial, um estado da tamanho da França, com fronteiras a outros 6 estados, mas, na atualidade, parece-nos sensato aos dois gestores colocarem um adicional à sentença, a retomada das atividades econômicas no comércio e nos serviços.

   Estabelecram que isso só se dará quando a taxa de ocupação de leitos encontrar-se em - 75% durante 5 dias. Hoje, segundo a SESAB está em 77% e tem oscilado entre esse percentual e 81%. Há esperança de diminuir, mas, não se sabe quando. Pelo postulado, considerando-se o percentual de hoje e contando-se os 5 dias, o comércio só abrirá dia 21 de julho.

  O segundo faseamento, com a abertura de academias, restaurantes e outroa, só se dará quando a taxa se situar em - 70%. Sem previsão. E, há, ainda, uma terceira fase; e uma quarta fase, a da volta as aulas. O ano escolar nas escolas públicas, já comentamois aqui, está perdido. Esse não tem mais salvação. Para o comércio, serviços, turismo, ainda há. 

   Entende-se a preocupação do governador e do prefeito em salvar vidas, mas, estão, a essa altura dos acontecimentos, o Ministério da Saúde aponta a Bahia em estabilidade, inflexíveis.

   E, já passando, aos olhos dos empresários e dos prestadores de serviços tons autoritários. 

   Há procedimentos já adotados em outras cidades, estados e paises, que permitem a abertura desses estabelecimentos sem riscos maiores à população. Menores do que no transporte público, nas feiras livres e nos canteiros das obras municipais e estaduais.

   Ora, se estamos vivendo uma pandemia, não parece lógico que o governador e o prefeito estejam a inaugurar obras, rodovias, avenidas, como fizeram esta semana, nem que canteiros de obras do estado e da PMS estejam a funcionar com centenaas de operários, poeira, tratores em operação e outros. 

   Dito pela empresária Tereza Paim, de restaurante, há 15 dias, que não há mais donde tirar recursos para pagar os empregados e que os restaurantes estão capacitados e mobilizados com os novos procedimentos para atender seus clientes. 

   Os shoppings e academias já divulgaram novas sinalizações, pontos de desinfecção, mas, nada. Nem um sinal de reabertura.

   Perdem governador e prefeito em simpatia dessas categorias. Já dito aqui noutro artigo, a classe média foi alijada, e os gestores cuidam, assim dizem com o ojetivo central de salvar vidas.

   As atividades econômicas perecem. (TF)