Líder do Governo cobrou do demista uma manifestação junto ao governo Bolsonaro na defesa da Bahia
Da Redação , Salvador |
06/11/2019 às 18:05
Deputado Rosemberg Pinto é o lider do governo na Assembleia
Foto: DIV
O deputado Rosemberg Pinto (PT) afirmou, nesta quinta-feira (6), que o deputado federal Paulo Azi, presidente do DEM na Bahia, está “variando”, ao cobrar só do governador Rui Costa (PT) soluções para mitigar os impactos causados pelo derramamento de óleo na costa baiana.
“Não vi nenhuma manifestação do deputado Paulo Azi junto ao governo Bolsonaro na defesa do Nordeste, inclusive da Bahia, em áreas que foram afetadas pelo óleo, principalmente no norte baiano, seu reduto eleitoral”, condenou o líder do Governo Rui na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
Sobre a viagem do governador, o interlocutor da gestão petista no Parlamento baiano informou que já estava programada, mas a sua equipe e o seu governo deram toda a atenção e atendimento em toda a costa da Bahia no sentido de minimizar os problemas. Rui retorna à Bahia hoje, no final do dia.
“Já o presidente Jair Bolsonaro, seu aliado, estava no Brasil mas, ao invés de atender aos interesses dos cidadãos brasileiros, não tomou nenhuma medida. Só fez responsabilizar outro país pelo vazamento”, lembrou.
Para Rosemberg, um presidente "correto e que se respeita" assumiria a responsabilidade. “A responsabilidade não era do governador, nem dos prefeitos, do ponto de vista da Constituição. Mas, tanto o Estado quanto os Municípios tomaram todas as medidas necessárias para minimizar os impactos causados”, parabenizou.
O líder governista ainda sugeriu ao deputado Paulo Azi uma cobrança energética ao mandatário brasileiro para evitar maiores prejuízos ao estado. “Azi deveria solicitar do presidente dele, porque é o presidente dele o responsável. Agora querem responsabilizar prefeitos e prefeitas que não têm sequer dinheiro para custear despesas dos municípios, quanto mais custear um problema que é de responsabilidade do governo federal”, cobrou.
O pior não estar por vir
Ontem (5), da tribuna da ALBA, o deputado Rosemberg criticou as declarações do presidente Jair Bolsonaro que afirmou, no último domingo (3), que ‘o pior está por vir’ - sobre um suposto vazamento de óleo de proporções maiores que atingiriam novamente a costa do Nordeste.
“Bolsonaro se sente extremamente realizado em criar sustos e pânico na sociedade. Fica parecendo que ele sabe de um vazamento que vai acontecer. Aí, se pressupõe, que ele soubesse desse anterior. É algo inimaginável”, lamentou.
Em 2013, a então presidente Dilma Rousseff (PT) criou, por decreto, o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional (PNC). A medida tem por objetivo articular a ação de diferentes órgãos federais e estaduais na resposta a acidentes de poluição por óleo. Porém, em abril, o presidente Bolsonaro extinguiu dois dos conselhos que integram a estrutura organizacional do PNC: o Comitê Executivo e o Comitê de Suporte. Nenhum deputado ou deputada bancada baiana na Câmara Federal ligado ao presidente Bolsonaro se manifestou sobre o assunto, entre eles o deputado Paulo Azi.