Política

Morre no Rio o dramaturgo Domingos de Oliveira aos 83 anos de idade

Em 1998, após 20 anos sem produções no cinema, Domingos Oliveira dirigiu o filme "Amores", baseado em sua peça homônima.
Nara Franco , RJ | 23/03/2019 às 19:45
Domingos de Oliveira
Foto: DIV
O ator, diretor, dramaturgo e produtor Domingos Oliveira morreu por volta das 14h deste sábado (23) no Rio de Janeiro, aos 83 anos. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Domingos nasceu no Rio de Janeiro em 1935. No início dos anos 60, escreveu e montou, na varanda de seu apartamento, sua primeira peça: "Somos todos do jardim de infância". A produção se transformou em sucesso de crítica e lançou a carreira de Domingos e sua então mulher, a atriz Leila Diniz. Em1966 Domingos Oliveira se dedicou ao cinema. Na época, dirigiu aquele que, para muitos, é o grande filme de sua carreira: "Todas as mulheres do mundo" (1967), produção que recebeu 12 prêmios no Festival de Brasília e estrelada por Leila Diniz e Paulo José.

Em seguida, dirigiu os filmes "Edu, coração de ouro" (1968), "As duas faces da moeda" (1969), "É Simonal" (1970) e "A culpa" (1971). Este último recebeu a Estatueta Dama del Paraguas por sua fotografia, no Festival de Barcelona, em 1972.

Domingos foi ainda diretor do Teatro do Planetário, onde colocou em cartaz diversas peças escritas ou dirigidas por ele. "Amores", espetáculo que marcou o início dessa fase, recebeu o Prêmio Shell de melhor texto de 1996.
"Todo mundo tem problemas (sexuais)", peça escrita com o psicanalista Alberto Goldin que estreou no final de 2000, foi sua 14ª montagem na direção do Teatro do Planetário e a 44ª peça de sua carreira.


Em 1998, após 20 anos sem produções no cinema, Domingos Oliveira dirigiu o filme "Amores", baseado em sua peça homônima.

O filme – que contou com a colaboração de Maria Mariana (sua filha), Priscilla Rozenbaum, Clarice Niskier, Angèle Fróes, Márcia Derraik e Eva Mariani – recebeu os prêmios da crítica, do público e especial do júri no Festival de Gramado daquele ano.

Pela peça "Separações", Domingos Oliveira foi indicado, em 2000, ao Prêmio Shell nas categorias autor, diretor e ator. O texto seria adaptado para o cinema em 2003. Em 2008, entrou em cartaz sua peça "Confissões das mulheres de 30".