Política

BOLSONARO FALA EM RECONSTRUIR O BRASIL E PROMETE PACTO NACIONAL

Presidente eleito diz que acabou a ideologia (Com Globo.com)
Da Redação , Salvador | 01/01/2019 às 15:28
Discurso curto e objetivo
Foto: Reuterrs
O presidente Jair Bolsonaro propôs um "pacto nacional" entre a sociedade e os poderes da República em um discurso de 9 minutos e 53 segundos no Congresso Nacional após tomar posse no cargo para o mandato 2019-2022 (leia a íntegra do discurso ao final desta reportagem).

Ele fez referência ao "pacto" ao falar sobre os desafios do novo governo na área econômica. Segundo o novo presidente somente "um verdadeiro pacto nacional entre a sociedade e os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário" será possível vencer os desafios da recuperação econômica.

"Precisamos criar um círculo virtuoso para a economia, que traga a confiança necessária para permitir abrir nossos mercados para o comércio internacional, estimulando a competição, a produtividade e eficácia sem viés ideológico. Neste processo de recuperação do crescimento, o setor agropecuário seguirá desempenhando papel decisivo em perfeita harmonia com a preservação do meio ambiente. Dessa forma, todo o setor produtivo terá aumento de eficiência, com menos regulamentação e burocracia", afirmou.

"Esses desafios só serão resolvidos mediante um verdadeiro pacto nacional entre a sociedade e os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, na busca de novos caminhos para um novo Brasil."
Bolsonaro disse que o novo governo vai priorizar quatro pontos: combate à corrupção; combate à criminalidade; economia; dar fim à irresponsabilidade ideológica.

Principais pontos do discurso

Conclamou os poderes a um "pacto nacional".
Prometeu medidas para abrir o mercado brasileiro ao comércio internacional.
Afirmou que governo não gastará mais do que arrecada e que contratos serão cumpridos
Prometeu "reformas estruturantes".
Disse que valorizará policiais, que "sacrificam suas vidas" para garantir a segurança
Prometeu escola que prepare os filhos "para o mercado de trabalho e não para a militância política".
Se comprometeu a construir uma sociedade sem discriminação.
Disse que combaterá a ideologia de gênero.
Prometeu respeito a todas as religiões, "respeitando nossa base judaico-cristã".

Apoio do Congresso
Bolsonaro pediu ao Congresso para ajudá-lo na missão de "restaurar e de reerguer nossa Pátria, libertando-a, definitivamente, do jugo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e da submissão ideológica".

Ele disse que está diante de uma "oportunidade única de reconstruir nosso país e de resgatar a esperança dos nossos compatriotas".

O presidente atribuiu a eleição dele ao atentado que sofreu durante a campanha eleitoral, no qual sofreu uma facada.

"Quando os inimigos da pátria, da ordem e da liberdade tentaram pôr fim à minha vida, milhões de brasileiros foram às ruas. Uma campanha eleitoral transformou-se em um movimento cívico, cobriu-se de verde e amarelo, tornou-se espontâneo, forte e indestrutível, e nos trouxe até aqui", declarou.

'Amarras ideológicas'
Ele também afirmou que, sob o governo dele, o Brasil "voltará a ser um país livre das amarras ideológicas". Bolsonaro convocou os parlamentares do Congresso a ajudá-lo a reerguer e libertar o país "do jugo da corrupção, da criminalidade, da responsabilidade e da submissão ideológica".

"Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e as nossas tradições judaico-cristãs, combater a ideologia de gênero, conservando nossos valores. O Brasil voltará a ser um país livre das amarras ideológicas. Pretendo partilhar o poder de forma progressiva, responsável e consciente. De Brasília para o Brasil, do poder central para estados e municípios", declarou.

Bolsonaro iniciou o discurso agradecendo "a Deus por estar vivo" e à Santa Casa de Juiz de Fora, onde foi atendido após ter sofrido facada em um atentado durante a campanha eleitoral.