Política

PROJETO DE ASSENTAMENTOS SUSTENTÁVEIS GANHA VIDA NO EXTREMO SUL

VIDE
| 10/06/2011 às 07:07

O governo do Estado da Bahia, em uma parceria inédita envolvendo diferentes setores da sociedade como a universidade, as três esferas do governo (municipal, estadual e federal), empresas e movimentos sociais, lança o programa do Projeto de Assentamentos Sustentáveis da região do Extremo Sul da Bahia. A reunião em que foram ajustadas as bases para a assinatura de um Protocolo de Entendimento sobre o Projeto ocorreu nos dias 08 (manhã e tarde) e 09 (manhã) de junho, na Secretária Estadual de Relações Institucionais (SERIN).

O Projeto tem como foco principal desenvolver modelos de ocupação, produção e preservação das Agro-Florestas locais, enfatizando a preocupação com a manutenção da biodiversidade regional.


Participaram da reunião, além do secretário, Cezar Lisboa, e o Diretor, Emilson Piau, ambos da SERIN; o professor Paulo Kageyama, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade Estadual de São Paulo (USP); o representante do grupo empresarial FIBRIA, Luciano Penido; lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil; membros da Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA) da Secretária Estadual de Agricultura (SEAGRI); dirigentes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA); além de representantes de universidades locais da Bahia e ONGs.


Segundo Piau, essa discussão, que o governo está realizando sobre a legalização e organização das áreas, “é uma parceria que vem sendo construída já há mais de um ano, a partir da sugestão do governador Jaques Wagner, que estimulou empresários a se articularem com os movimentos sociais, apoiados pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia (CODES), para garantir uma aliança inédita envolvendo universidades; as três esferas do governo; empresários e movimentos sociais, tendo como ênfase especial um modelo de desenvolvimento a ser planejado com um forte olhar voltado para a educação e sustentabilidade ambiental.”


Antes da idealização desse Projeto, havia no Extremo Sul uma ausência total de diálogo entre proprietários e participantes de movimentos sociais, o que gerava um clima pesado de tensão e novas ocupações de áreas (cinco fazendas foram ocupadas na região, totalizando mais de 6.000 hectares).

Ao todo, o Projeto pode vir a beneficiar mais de 1.000 famílias em mais de 10.000 hectares de terras, fazendo com que esse Projeto seja único no mundo. Além disso, essa iniciativa é altamente replicável por adaptar e se basear em outras experiências de desenvolvimento agrícola, como a de Costa Rica, podendo ser adotada para a resolução de conflitos em outros assentamentos ou comunidades rurais, contando com as parcerias já formadas previamente, afirma o governo.