Saúde

Simpósio Hepatologia do Milênio aborda o uso de métodos não invasivos

Simpósio Hepatologia do Milênio 2014 aborda o uso de métodos não invasivos para tratamento de doentes do fígado

Texto & Cia , Salvador | 23/07/2014 às 20:33
Simpósio acontece em Salvador
Foto: DIV
Neste primeiro dia (23) de debates do 17º Simpósio Hepatologia do Milênio, o tema central “Métodos Não Invasivos para Avaliação da Fibrose” reuniu centenas de especialistas no auditório central do Pestana Bahia Hotel, local do evento que acontece até a próxima sexta, 25 de julho.

Sob a coordenação de Dr. Raymundo Paraná, em parceria com o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Dr. Edison Parise, foram apresentados casos clínicos e estudos sobre a eficácia dos procedimentos que não necessitam ser invasivos. “Discutimos aqui os benefícios e também as limitações deste tema, tendo como foco principal as hepatites virais. Nos últimos anos, um grande número de testes não invasivos foram desenvolvidos buscando substituir o procedimento da biópsia, que retira um fragmento do fígado para análise. Este ainda é um assunto delicado, principalmente pela eficácia em obter os resultados sem colher amostras para estudo”, aponta Dr. Paraná. “É desnecessário dizer que a biópsia hepática é procedimento fundamental no diagnóstico diferencial e na avaliação mais global das lesões associadas à doença e, assim, não pode ser completamente substituído pelos métodos não invasivos. Nosso intuito é apenas relatar a experiência já acumulada na literatura para tentar evitar que exageros e simplismos ou ceticismos infundados ganhem corpo no pensamento dos hepatologistas”, complementa o Dr. Edison Parise.

Cientistas de Portugal, França e dos estados brasileiros do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão, Ceará e Bahia, palestraram para hepatologistas, gastroenterologistas e infectologistas de todas as regiões do Brasil, além de países latino-americanos e de Angola.

AMANHÃ (24/07), no segundo dia do simpósio, serão debatidos alguns temas como:

Hepatite E: Discussão sobre o aumento da doença que antes era relacionada apenas a países mais pobres;

Hepatite B: Debate sobre os novos tratamentos contra a doença, incluindo os casos clínicos de pacientes que também possuem HIV (Aids);

Esteatose Hepática Não-Alcoólica: Discussão e apresentação de casos clínicos sobre esta síndrome caracterizada por indivíduos que não usavam álcool, mas apresentavam alterações no fígado muito semelhantes às da hepatite alcoólica);

Processo de incorporação de novas tecnologias no diagnóstico e tratamento das hepatites virais: Será apresentado um panorama atual dos consensos e normas sobre a utilização dos novos medicamentos contra a Hepatite C, que deverão mudar a partir de 2014 com a chegada de novos medicamentos com melhor perfil de segurança e maior eficácia comparada aos atuais. (Dois destes remédios já estão registrados nos Estados Unidos e encontram-se em fase de registro no Brasil);

Hepatotoxicidade: Discussão e apresentação de casos clínicos sobre agressão ao fígado causado por drogas, chás, suplementos alimentares, dentre outros agentes externos.