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VITÓRIA MANTÉM LIDERANÇA AO EMPATAR COM ATLÉTICO GO E BAHIA PERDE 3X0

Bahia se mantém nas proximidades da Z-4, mas como Santos também perdeu está fora dela
ZedeJesusBarrêto , Salvador | 27/08/2023 às 18:12
Diego Costa marcou 2 gols
Foto: Vitor Silva-Botafogo
   O Leão, com um atleta a menos desde a metade do primeiro tempo, com uma garra impressionante, arrancou um empate (0 x 0) contra o Atlético, em Goiânia, e continua líder, já com pinta de classificado e brigando pelo título da segundona. Pela vibração, determinação defensiva e as chances criadas na frente o Vitória até merecia ter vencido,  jogou um segundo tempo com inteligência, vontade, e bem melhor que o adversário. Uma atuação de orgulhar qualquer rubro-negro.

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Bahia entrega e Botafogo atropela   

  Com os repetidos, manjados erros de saída de bola defensiva o Bahia entregou o jogo ao Botafogo (levou 3 x 0). Foram dois gols decisivos, um e outro no começo e recomeço de cada tempo em pichotadas, vacilos que o aplicado time carioca soube aproveitar e matar, decidir. Na frente, a mesma inapetência do tricolor nas finalizações, desperdiçando chances, daí... o placar adverso, mais uma derrota. Desanimador. O time fez um bom primeiro tempo mas perdeu-se inteiro depois que levou o segundo, aos 6 min da segunda etapa, noutra trapalhada. Arriou, perdeu-se em campo.  

  Não foi pior em termos de resultado porque o Santos perdeu para o Atlético em Minas (2 x 0) e permaneceu com 21 pontos, os mesmos do Bahia, mas os paulistas na zona de degola; o Bahia escapa por ter um saldo de gols melhor. Imaginem. O Botafogo disparou, com 51 pontos, 14 à frente do segundo colocado, o Palmeiras (que ainda joga).    

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 Em Goiânia

- Na boca da noite domingueira, o estádio Antonio Accioly com bom público, duelo de rubro-negros, o Leão baiano defendendo a liderança (47 pontos), o time da casa em recuperação, buscando o topo da tabela de classificação (com 37). Bom gramado.

- O Leão baiano de branco, o rubro-negro da casa de vermelho e preto total.  

Com bola rolando ...

 O Atlético, em casa, propondo o jogo, partindo pra cima e o Vitória defendendo-se bem, marcando, apostando num contragolpe, como gosta. Jogo duro, viril, muito corpo-a-corpo, vantagem para os goianos.

 - Aos 23’, Gustavo Coutinho ganhou no corpo de Camutanga e ia disparando para a área quando foi agarrado e derrubado pelo zagueiro; o árbitro marcou a falta e expulsou Camutanga; era o último homem da defesa, na visão do árbitro, daí o cartão vermelho. O Leão com um homem a menos em campo, pois, desde a metade do primeiro tempo. O treinador Leo Condé tirou o centroavante Gamalho e pôs o zagueiro João Victor, recompondo a defesa. Na frente apenas dois homens de velocidade: Mateusinho e Iury.  Outro panorama, novas posturas em campo.

 - Wagner Leonardo testou no travessão a bola levantada de escanteio da esquerda, aos 35 minutos, quase! A resposta com a bola cruzada rasante da direita atravessando a pequena área baiana, ninguém alcançou. Ufa. O jogo pega fogo de repente, com  lances de área lá e cá. Aos 44’ Lucas Cândido faz boa defesa em chute de longe.

  O Leão, na luta, sustentou o empate (0 x 0) no primeiro tempo mesmo com um jogador a menos desde os 24 minutos, correndo e marcando muito, com competência. E a melhor chance de gol, sem dúvida, foi a cabeçada de Wagner Leonardo balançando o travessão.

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 Outras estratégias para o segundo tempo. Ao Atlético, diante de sua torcida, com um atleta a mais e precisando de pontos, caberia atacar, buscar o gol mas com cuidados para conter os contragolpes em velocidade do Leão. Ao Vitória, defender-se com garra, gastar tempo e apostar num erro do adversário, na velocidade de um contra-ataque. Todos atrás da linha da bola, brigando.

- Aos 8’, após um vacilo no meio-campo baiano, o contragolpe foi do ‘dragão’ de Goiás, Luis Fernando arrancou e deixou Dodô de cara, o chute passou rente; logo depois, Luis Fernando tentou, girando na grande área, mas o chute foi muito alto. Pressão do time da casa, avançando pelos lados e levantando bola na área baiana. Aos 13’, outra boa intervenção de Lucas Arcanjo, já aparecendo com destaque.

 - Aos 22’, Matheus Peixoto desperdiça, de frente, carimbando a zaga. Aos 27’, Zeca bateu falta, o goleiro Ronaldo defendeu, deu rebote, mais duas defesaças de Ronaldo, salvando. O Leão, por uma bola. Quase!  Aos 41’, Ze Hugo arrancou pela direita, deixou o marcador sentado e bateu raspando a trave. O Vitória melhor na segunda etapa, mesmo com um jogador a menos, até poderia ter vencido.   

 Destaques

 A raça e a aplicação tática da equipe, incansável. Zeca, Wagner Leonardo, Felipe, Yuri jogaram muito.

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 Ficha Técnica:

- O Atlético de Goiás: Ronaldo, Bruno Tubarão, Luis Felipe, Heron e Lucas Esteves; Matheus Sales, Dodo, Baralhas e Shaylon; Coutinho e Luis Fernando. (Ayrton, Mateus Peixoto,  Rhaldney, Kelvin)    Técnico, Jair Ventura

- O Vitória escalado pelo treinador Leo Condé: Lucas Arcanjo, Zeca, Camutanga (foi expulso, entrou Vitor Hugo), Wagner Leonardo e Felipe, Mateus Trindade, Dudu e Mateusinho; Thiago Lopes, Gamalho e Iury. (Matheus Gonçalves, Ze Hugo, Osvaldo, Marco Antonio)  

- No apito, com VAR, André Luiz Skettino.

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 - Pela 26ª rodada, Vitória x Mirasol, no Barradão, dia 1º de setembro, sexta, 19h15

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No Nilton Santos/RJ

- Tarde domingueira com ameaças de chuva, relvado chique, torcida botafoguense em peso nas arquibancadas a vibrar com o líder - que não costuma perder em casa-, presença também de tricolores, em busca do ‘quase impossível’.

- O Bahia de camisetas brancas, com duas listras finas horizontais no peito em vermelho e azul, o time da casa com seu p&b tradicional.

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Com bola rolando ...

 Mal começou, jogo nervoso, até equilibrado, pegada forte, mas aos 3 minutos ...

- Gol! Botafogo 1 x 0, Diego Costa. Uma bola boba perdida na frente da grande área, passe errado de Vitor Hugo, Eduardo esperto recuperou e enfiou na área, João Vitor escorou e o veterano Diego Costa ficou de cara, não perdoou.

E a chuva caiu. O Bahia levou um gol de vacilo, muito cedo. Claro, a tarefa não seria fácil e ficou ainda mais difícil. O Tricolor foi pra cima, encarou. Aos 10’, Ratão tentou de longe, nas mãos do goleiro Perri, bem colocado. O Tricolor até trocava mais passes, mas o time carioca sempre com pontadas mais perigosas, uma equipe mais objetiva e que erra pouco.

 - Aos 18’, Ademir recebeu em profundidade de Rezende pelo meio da zaga, ganhou na velocidade e ficou cara a cara com o goleiro mas chutou em cima do goleiro Perri, ótima defesa. Não se perde uma chance dessa! Aos 20’, Cauly arriscou da entrada da área, no canto, Perri salvou com a ponta dos dedos, no rodapé. Aos 27’, Marcos Felipe espalmou no alto, chute frontal, evitando o segundo. Bem equilibrado. Aos 39’, Mingotti de frente, livre na grande área, disparou forte, por cima; outra chance desperdiçada. Cerco e pressão tricolor no final, mas o gol não saiu.

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 O Bahia até fez um bom primeiro tempo, encarou, disputou, pau a pau, teve chances de empatar, mas numa bobeira (erro individual) defensiva... foi pra merenda levando o 1 x 0 ferrado. Filme já visto. Eduardo pelo Bota e Rezende pelo Bahia foram os melhores em campo.

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 - Logo aos 3 minutos, Cauly sentiu incômodos na perna, entrou Citadini no lugar – sensível desfalque.  Aos 4’, Citadini tabelou pela direita e tentou encobrir o goleiro, Perri espalmou.

- Gol! 2 x 0 Botafogo, aos 6 minutos. Outra saída de bola frouxa da defesa baiana (goleiro e zaga), pelota roubada, cruzamento da esquerda, pelo alto, Diego Costa testou e ampliou (bola defensável?). Outro gol que entregamos, demos de graça, vacilando com a bola dominada.

  Aos 8’, Thaciano (perdidão) chutou travado, a bola raspou. O Tricolor sentiu o baque do segundo gol.  Os cariocas, então, mais à vontade. Antes dos 20’, Paiva lançou Jacaré e Biel em campo – teoricamente, mais velocidade na frente. Aos 20’, Adryelson salvou nos pés de Biel. Corrido e aberto, franco, mas o Bota melhor, administrando bem a vantagem. Aos 23’, novo erro na saída de bola na frente da área, e quase o terceiro: a finalização de Luis Henrique triscou no rodapé de Marcos Felipe, já batido.

- Gol! 3 x 0 Botafogo, aos 32 minutos. Com o time do Bahia todo avançado, num escanteio, bola perdida e o lançamento longo de Hugo para a velocidade de Luis Henrique que disparou do meio campo e entrou livre, de cara, driblou o goleiro e ampliou.

 O Bota, com o placar, à vontade, tocando bola e o Bahia na loucura, ao tudo ou nada, na tora, tentando, tentando... e nada. Aos 35 e 36 pressão na área carioca, duas  finalizações esbarrando na zaga botafoguense; aos 38’ Everaldo arrematou travado; aos 39’, o goleirão Perri espalmou chute de longe; depois, boa jogada individual de Cândido, Everaldo escorou de frente, na mão do goleiro Perri.  E assim foi ...

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 Destaques:

- Marcos Felipe inseguro, Vitor Hugo lento, Thaciano estranhamente perdido em campo, erros absurdos e decisivos de passe na frente da área, imprecisão nos arremates... causas de mais uma derrota. Salvaram-se Rezende, Cauly, Cândido...

 No Botafogo, Eduardo, senhor no meio campo e Diego Costa pelos dois gols. O bom e seguro goleiro Perri, uma muralha. Um time rápido, brigão, objetivo, merecedor. Não é líder disparado à-toa.    

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Ficha técnica

- Botafogo, o time da ‘estrela solitária’, escalado pelo ‘gajo’ Bruno Lage: Lucas Perri, Galvão, Adryelson, Cuesta e Hugo; Marlon Freitas, Gabriel Pires, Eduardo; João Victor,  Diego Costa e Segovinha. (Janderson, Luis Hanrique, M Ponte, danilo b e diego hernandez)

- O Bahia escalado pelo ‘mister’ Renato Paiva: Marcos Felipe, Gilberto, Kanu, Vitor Hugo e C. Cândido; Rezende, Thaciano, Cauly; Ademir, Mingotti e Ratão (Biel, Jacaré, Everaldo, Yago ...

 - Arbitragem paulista, no apito Flávio Rodrigues de Souza.

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  Na sequência, o Tricolor recebe o Vasco da Gama, domingo, 3 de setembro, 18h30, na Fonte Nova.

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