Esporte

COPA DO BRASIL BAHIA VENCE COM FRANGO NO FINAL, ZédeJesusBarrêto

A mística tricolor, a chamada estrela, fez com que o Bahia avancasse
ZedeJesusBarrêto , Salvador | 10/04/2019 às 03:41
Bahia 1x0 CRB
Foto: ECB

  Não foi uma estreia animadora, a do treinador Roger Machado. A equipe mostrou os mesmos problemas, com erros de passe, setores espaçados em campo, finalizações precárias, mas ... venceu, com um gol improvável no minuto final dos acréscimos: um chuteco de perna trocada do apoiador Élton, na linha da pequena área, e a pelota passou por baixo das pernas do goleirão alagoano Edson Mardden, que já tinha feito boas defesas na partida. Bahia 1 x 0 CRB.

Sorte, muamba, o ‘sobrenatural de Almeida’ ou simplesmente coisas da mística tricolor?  

Importa, pro torcedor, a essa altura, que o time continua vivo na competição, a nova fase ( a quarta) da Copa do Brasil. E dIndim no caixa tricolor.   

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  Magro recomeço 

 Recomeço? Era só nhoque falava o torcedor com a estreia do treinador Roger Machado. Mos, com a bola rolando ...    

   O Bahia começou na pressão, atacando, impondo ritmo. Aos 3’, uma bomba de Douglas Augusto, de longe, assustando o goleiro Mardden. O CRB na moita, encolhido, sem pressa. No Tricolor, cadê o derradeiro passe preciso, em profundidade, cadê a finalização correta?

   Aos 22’, novamente Douglas Augusto bateu forte, rasteiro, de fora, para ótima defesa do goleiro. Na cobrança do escanteio, A. Caíke cabeceou livre, por cima.

 Aos 31’, Élber sentiu dores na coxa e cedeu lugar a Artur, pelo lado direito ofensivo, na primeira substituição de Roger. Aos 38’, por muito pouco o CRB não abriu o placar, a defesa da casa cochilando. Os alagoanos chegaram pela primeira vez, assustando. O Bahia arrefeceu o ímpeto. Aos 44’, E. Ramires bateu seco e rasteiro da entrada da área, a um palmo do poste.

 Nos primeiros 45 minutos o Bahia tomou a iniciativa, trocou passes, atacou, teve mais posse de bola mas...  o zero no placar era tudo o que os alagoanos queriam, vieram pra isso e foram pra merenda satisfeitos.

  O torcedor é que não gostou nada do que viu. Nenhuma reconhecível mudança da equipe treinada por Ênderson Moreira. Que faria Roger nos vestiários?

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  Um começo de segunda etapa com a mesma cara da primeira. Um Bahia ainda mais confuso em campo. Os alagoanos estavam bem mais à vontade, mascando, gastando tempo, enervando e dificultando. O Tricolor sem achar a bola. Aos 16 min, o veterano avante Ze Carlos sentiu-se mal, precisou de ambulância, foi levado a um hospital. O jogo ficou paralisado por um bom tempo (sete minutos).

  Aos 23’, após cobrança de escanteio, subiram Fernandão e Ernando mas a cabeçada não acertou o alvo. E o tempo passando, o torcedor impaciente. Aos 30’, Douglas Augusto acertou o travessão alagoano, de cara. Aos 32’, Artur tabelou com Fernandão, chutou fora. Saiu Artur Caíke, que pouco ou nada produziu, entrou Shaylon.  Aos 36 min, por mais uma falta grosseira, o lateral Igor foi expulso.  E os alagoanos  entraram no cai-cai, travando, fazendo o antijogo, com a arbitragem conivente.  

  O Tricolor foi pra cima, tentando tudo, mesmo que desordenadamente. Aos 40’, numa dividida no meio campo, Douglas Augusto deixa a chuteira no corpo do adversário e vai expulso. Complicou mais ainda. Os visitantes satisfeitíssimos com o resultado, sem querer jogo.

- Gol !  1 x 0 Bahia, aos 54 minutos.   Quando ninguém mais esperava. Após uma série de jogadas erradas de ataque ( e da defesa alagoana), a bola sobrou na praia para Élton que bateu fraco mas a bola entrou, por baixo das pernas do goleiro.

A despeito de um segundo tempo muito ruim, valeu pela classificação.

Coisas da mística tricolor.

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Destaques  

Muito mal no jogo Nino, Lucas Fonseca, Caíke, Artur ...   Gilberto irreconhecível.  Valeu a sorte, na peínha.  Douglas Augusto era o melhor do Tricolor mas foi expulso tolamente.

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Ficha técnica

- Bahia : Anderson, Nino Paraíba, Ernando, Lucas Fonseca e Moisés; Douglas Augusto, Élton; Ramires (Fernandão), Élber e A. Caíke; Gilberto.    Treinador,  Roger Machado.

- CRB (AL) : Édson Mardden, Junior, Edson, Guilherme Mathis e Igor; Claudinei, Lucas, Felipe Menezes; William Barbio, Mailson e Zé Carlos (Vitor Rangel).  Treinador interino, Jean Carlos  (Marcelo Chamusca assume, já contratado e presente no estádio).

No apito, Eduardo Valadão, de Goiás. Muito enrolado.  

 

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  Ba x Bafe

 Na sequência, o Bahia joga no domingo à tarde, no Joia da Princesa, em Feira de Santana, o primeiro dos dois confrontos contra o Bahia de Feira que decidirão o Campeonato Baiano 2019. O clássico  Ba x BaFe. E haja jogo decisivo.

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  O Leão no cu da cobra

  Depois do vexame, da goleada de 4 x 0 sofrida contra o Fortaleza que eliminou o Rubro-Negro da Copa do Nordeste, a realidade na Toca do Leão, no Barradão, é de alvoroço geral. Na real, esse projeto de equipe/planejamento com um treinador titubeante e um elenco sem flama e sem técnica pifou, expirou.  Mais de dois meses sem vencer e 12 jogos seguidos sem um só triunfo. Negativamente histórico.

  E...  ainda neste abril começa a campanha pela Segundona, a Série B, a competição mais importante deste ano para o clube.

  Mantém o elenco que não deu resposta? E o treinador?  Ou começa tudo do zero, com outro planejamento?

  No dia 24 próximo tem eleições para a presidência do clube e, pelo que se tem falado, nenhum dos que sejam eleitos vai querer trabalhar com essa comissão técnica, um fiasco, e boa parte do plantel.  Vai ter renovação total.

 Ou seja, a tendência é que o Leão comece a Série B com uma equipe indefinida, sem padrão, sem um encaixe de jogo, e contratando atletas às pressas para suprir os fracassos e tentar agradar o torcedor.

 Para agravar a situação, tem o lado financeiro, os cofres vazios e poucas perspectivas de patrocínios que possam trazer equilíbrio. No mais, a Segundona é um inferno.