Esporte

CHORO BOBO com 5 brasis olhando o gol da Suiça, ZÉDEJESUSBARRÊTO

O goleiro Alisson falha ao não interceptar a bola na pequena área
ZédeJesusBarrêto ,  Salvador | 18/06/2018 às 19:41
Cinco brasileiros perdidos na área no gol da Suiça
Foto: Reuters

 

  Os cartolas brasileiros, mais sujos que pau de poleiro, estão interpelando a FIFA, tão suja quanto, sobre o uso ou não da tecnologia VAR, arbitragem de vídeo, pelo juiz mexicano que apitou e validou o gol suíço contra o Brasil, no 1 x 1 de domingo. Tudo cheiro mole, só politicagem engana trouxa. Questão de interpretação, apenas, e prevaleceu a visão do soprador do apito.  Fim.

  Página virada, melhor seria focar no próximo adversário, a Costa Rica, sexta-feira e avaliar o que aconteceu no lance tão questionado: Sete atletas brasileiros dentro da pequena área e apenas um de camisa vermelha que se livrou com um empurrão de Miranda, à sua frente, e testou livre para o gol. E os outros seis de camisa amarela só espiaram, nem encostaram. Deu branco? Outra: a bola alçada na pequena área, fechada, era toda do goleiro Álisson, estático, omisso. O resto é choro.

 
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  Serventia do VAR

  Todos envolvidos com a Copa estão cientes que o VAR- Vídeo Assistent Referee será acionado apenas em quatro situações bem claras e definidas:

- Anular/validar um gol ilegal/legal feito com a mão ou atleta impedido; marcar um pênalti claro despercebido ou corrigir uma simulação; expulsar jogador em caso de cartão vermelho direto; ou invalidar cartão vermelho/amarelo em caso de o árbitro punir equivocadamente um atleta.

 E só.  O árbitro central, o soprador do apito, continua soberano em campo.  Chega de “xurumelas”.  Vamos parar de presepadas e jogar bola, cambada !

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  O VAR funciona numa cabine, no Centro Internacional de Transmissões, em Moscou, onde quatro árbitros profissionais são municiados com imagens das 33 câmaras que transmitem o jogo. Somente um tem contato com o árbitro de campo.

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  Ilusão da imagem

  Tanta tecnologia me faz lembrar o grande Nelson Rodrigues, anos 70, discutindo sobre as imagens de tevê captadas no campo de jogo:  “O vídeo-tape é burro!”  

 

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  O engasgo ‘suisso’?    

  Não foi a primeira vez que o Brasil se  entalou com a Suíça. Na Copa de 1950, no Brasil, o timaço de Barbosa, Juvenal, Bauer, Danilo, Zizinho, Maneca, Ademir Menezes, Baltazar, Friaça e companhia empatou de 2 x 2, no Pacaembu, dia 28 de junho, nossa segunda partida. Chegamos à final e perdemos o título para o Uruguai, no Maracanã, de virada,  2x 1.

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  A mistura de talentos

  Dos 23 atletas convocados para defender a Suíça na Rússia, 15 são estrangeiros ou filhos de migrantes: Camarões (3), Bósnia-Herzegovina (2), Kosovo (2), e mais Albânia, Cabo Verde, Chile, Costa do Marfim, Croácia, Macedônia, Nigéria e Sudão (1 cada).

Ou seja, jogamos contra uma seleção planetária, globalizada. O que não quer dizer grande coisa, pois seleções europeias como França e Bélgica também assumiram essa saudável mistura de talentos e origens que a bola promove.

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 Ecos do empate

 Três meses parado por causa de uma fratura e cirurgia no pé, Neymar mostrou receio em alguns lances e está claramente fora de ritmo. Mais que normal. Mesmo assim, foi o mais caçado em campo, até porque ele prende a bola, chama o adversário, provoca: sofreu 10 faltas – agarrões, puxões, trombadas, chutes, até teve o meião rasgado por chuteiras inimigas.  

  Mas os ‘críticos’ só viram os cabelos dele em campo. Entendidos.

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  Os babas da segunda

  Sem surpresas.

- Num baba com 45 faltas marcadas (não teve bola rolando, óbvio), a Suécia venceu por 1 x 0 a Coréia do Sul. O gol só saiu de pênalti.

- A Bélgica de Hazard, De Bruyne, Carrasco, Lukaku, Courtois...  embaralhou-se no primeiro tempo contra o discreto Panamá, mas liquidou a partida (3 x 0) na segunda etapa, sobrando: um golaço de Martens e dois do negão Lukaku – um de cabeça, após passe de trivela de De Bruyne e outro encarando o goleiro numa bola redonda enfiada por Hazard. Bom time o belga. O estádio de Sochi é lindo.

- Em  Volgogrado, os poderosos ingleses penaram para vencer a esforçada Tunísia (norte da África) por 2 x 1, com dois gols do artilheiro Kane: um pegando um rebote de goleiro e outro,  já nos acréscimos, de cabeça, oportunista.

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 Jogos da terça   

Dois jogos pelo Grupo H fecham a rodada de abertura da primeira fase da competição.

Às 9  hs, em Moscou, Polônia x Senegal. Meio dia, em  Saransk, Colômbia x Japão.

À tarde, 15 h, em Sâo Petersburgo,  Rússia x Japão, já abrindo a segunda rodada, pelo Grupo A.

 

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