Esporte

BAHIA perde para o Papão mas segue na 7ª posição, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

Só não foi pior porque o CRB perdeu dentro de casa
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 13/09/2016 às 22:02
Bahia joga sem inspiração e perde
Foto: Fernando Torres
O tricolor levou 2 x 1 do Papão da Curuzu, o Paissandu, jogando mal, sem inspiração. Teve mais a bola, jogou mais tempo no campo do adversário mas finalizou pouco e mal, perdeu no corpo a corpo e na velocidade, tomou dois gols como há algum tempo não víamos: uma cabeçada em cobrança de escanteio e um chute de fora em que Muriel falhou. 

Em dois jogos fora, precisando fazer seis pontos para alcançar o grupo dos quatro primeiros, o Bahia conseguiu apenas um. Acabou a partida ainda em sétimo lugar, com 36 pontos, a dois do CRB que é o quarto. 

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O Papão se impôs

Mangueirão/Belém do Pará com muita arquibancada vazia, chuva, gramado encharcado, escorregadio, a pelota ligeira e o tempo abafado. 

As duas equipes orientadas a marcar mais na frente, pressionando a defensiva adversária desde o começo. A primeira chance real de gol foi do Papão, aos 15 minutos, num bate e rebate confuso na área tricolor. Dois minutos depois, após cobrança de um escanteio, Leandro Cearense subiu mais que a desatenta zaga baiana e, da altura da marca penal, acertou uma cabeçada no canto: 1 x 0. O Bahia não deu sinais de ter sentido o golpe, foi para o ataque. O jogo ficou equilibrado mas feio, com muitas faltas, os jogadores com dificuldades no domínio da bola, passes errados de lado a lado, sem sequência e sem lances de área. Haja chutão.

Só aos 40 minutos o time baiano ameaçou, com um chute de Cajá, de direita, forte, que cobriu a trave. Aos 45’, Allano encarou a zaga paraense e o goleiro fez uma defesa arrojada, evitando o chute. Na cobrança do escanteio, Edigar Junio mergulhou na pequena área, livre, mas a bola quicou e cobriu o travessão, caprichosamente. O tricolor terminou o primeiro tempo melhor, mas com o placar adverso. 

Hora da merenda. 

O Paissandu voltou com a marcação adiantada, em cima da zaga tricolor, pegando duro, uma orientação clara do treinador Dado Cavalcanti. O Bahia sem conseguir encaixar um contragolpe e com o avante Hernane sumido, aceitando a marcação, fugindo do pau. Para piorar, aos 8’, após uma rebatida confusa, errada da defesa baiana, o meia Tiago Luis pegou de prima um bom chute, rasteiro, de fora, enviesado, e Muriel aceitou: 2 x 0. O Papão era bem melhor, agredia mais, mostrava-se valente, ganhando as divididas no meio campo e bem mais à vontade com o campo de jogo fofo e pesado. Os baianos erravam muitos passes, brigavam com a bola. 

Aos 12’, o goleiro Émerson voou e salvou no reflexo uma tentativa de cabeçada (ou ombrada?) de Hernane, na pequena área, sem firmeza. Aos 18’, Guto Ferreira tirou o apoiador Luis Antonio e pôs o meia Regis, avançando mais a equipe e expondo-a mais, também, aos contragolpes velozes dos paraenses. Saiu o lateral JP Gomes, apagado, e entrou Tinga pelo lado esquerdo. 

Aos 28 minutos, numa bola alçada na área paraense, Hernane foi atingido nas costas pelo zagueiro e o árbitro Éder Roberto Lopes marcou o pênalti, sem contestações; Hernane bateu forte e diminuiu: 2 x 1. 

O Papão, tentando segurar o placar favorável, passou a truncar o jogo, cometendo muitas faltas duras e usando o manjado ‘cai-cai’ para ganhar tempo. O tricolor, já sem pernas, sem esquema tático, sem técnica, só na vontade, levantando bolas na área adversária. Nada. Aos 36’, num contragolpe, a defesa tricolor exposta parou e o atacante Leandro entrou livre, de cara, e mais uma vez Muriel saiu bem e salvou o gol. Até o final não teve mais futebol. Só trombadas e chutão pra frente. Um jogo feio de se ver, sem destaques. O Papão foi mais feliz e voltou a vencer depois de quatro jogos sem triunfo.

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O próximo jogo do Tricolor é contra o Goiás, sábado, 18h30, na Fonte Nova.

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Série A 

O Vitória, já de treinador novo – o gaúcho Argel, ex-Inter e ex-Figueirense – enfrenta na quinta, em Porto Alegre, o Internacional. Jogo difícil e tenso em função de as duas equipes precisarem desesperadamente de triunfo; o rubro-negro baiano na zona da degola e o Colorado gaúcho na rampa da zona. 

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Outra bola

Na tarde dessa terça, pela tevê, Barcelona 7 x 0 Celtic, começando a Liga dos Campeões da Europa, a competição de clubes mais charmosa e mais cara do planeta. 

Um espetáculo, show de bola da dupla Messi & Neymar, golaços, pouquíssimos passes errados e apenas oito faltas durante toda a partida. Dá gosto ver. 

Pra se ter uma ideia, aos 12 minutos da parida Paissandu x Bahia o árbitro já havia marcado 10 faltas. Foram, no total, quase 40 faltas marcadas. Sim, parece outro esporte, outro jogo, outra bola jogada.

Nesta quarta tem Real Madrid x Sporting Lisboa. Aprecie. Tem Cristiano Ronaldo, Bale, Modric, Marcelo ... outro patamar.