Foto: BJÁ

Trucha Salmonada do Libertador, Los Uros Restaurant, Puno, Peru

  "C'est le fin du monde". A expressão francesa usada pelos ficcionistas à gratidão plena no século XX, sobretudo durante a época da "Guerra Fria", quando o mundo esteve a templo de explodir em bombas atômicas russas e americanas, e nada aconteceu de mais grave, repete-se, agora, com a usina nuclear de Fukushima à beira mar do Japão e posta em área de risco. 

   Estão os japoneses com riscos de vida ao beber água da torneira, comer tomates e rabanetes, e tomar leite. É de se dizer "C'est la vie" com nuvens negras e fumaças malditas a rondar nosso bom baladar. Os cisnes negros não bailam no Titicaca.

   Do outro lado do mundo, à beira deste lago monumental no lado peruano dos ares andinos que cercam Puno, cidade encantadora e atemorizadora, eis que se saboreira truchas salmonadas, saborosas e corfortáveis ao paladar. 

   Aprecia-se o sabor de um pescado sentindo sua maciez e paladar, como se estivesse num sofá recheado com plumas de gansos e hervas do alecrim do Capão.

  O Libertador é o melhor hotel de Puno. Anti-terremoto é o que diz a propaganda. Majestoso num altiplano da ilha Esteves donde se aprecia as águas do Titicaca em vários planos, do lado da localidade de Los Uros, nativos que vivem em ilhas flutuantes; e do lado oposto, vendo-se a paisagem capelinha de Puno.

   Nesse hotel, com chancela aberta ao público que se dispõe a frequentar um belíssimo restaurante encontra-se Los Uros, homônimo da comunidade e uma homenagem a esta, com discreta decoração, paisagem excepcional, e um sentimento de paz, dessas que se imagina acontece no céu entre anjos, perfumes e nuvens.

   Atende-nos o senhor Ramón, o mäitre, e a garçonete Messica. Aprecio garcons mais antigos, senhores. Diria que são mais experientes e de bom trato em eduiação. Lembro-me do saudodo português que nos servia, em tempos idos, no Cacique da Praça Castro Alves. Assim me pareceu Ramón.

    A senhora Bião de Jesus a caráter. Caprichosa. Belíssima e a cor alva como uma alma diante da falta de ar que a acomteu na altitude de Puno, optou por um raviole de queso andino e creme de championes.

    Então, para temperar un vino de Chile. Peru no tienes buenos vinos. E, claro, en Puno, uma entrada de ceviche de pejerrey, com suco de limão, alho, cebola e coentro. Uma delícia.

    O ceviche e o vinho foram salas de estar a trucha e ao raviole. De minha parte, as verduras e o mel de chancaca a la oriental muy saborosos. Si, a senhora Bião, não deixou pedra sobre pedra em seu prato. Sinal de que bom estava demais apesar do desconforto da altitude.

    É mesmo para comemorar e se dizer "Cést la vie" meu nobelíssimo leitor, minha gentilíssima leitora.

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Los Uros Restaurant Libertador Lago Titicaca, Puno, Peru
Ilha Esteves s/n, Lago Titicaca
Puno, Peru
T (51 51) 36 7780
F (51 51) 36 7879
E-mail: info@libertador.com.pe

www.libertador.com.pe
Preço médio do prato R$30,00
Preço médio do vinho R$60,00
Aceita todos os cartões internacionais