Promessa é divida e quem viver verá um bumba meu boi na semana santa, 2025, no Bacalhau da Barão
Tasso Franco , Salvador |
04/04/2024 às 17:56
Antonio Carlos Batista, o Cutia, ao centro com TF e Jorge Matos
Foto: BJÁ
O Bacalhau da Barão evento sócio cultural que acontece em Serrinha durante a Semana Santa, em 2025, vai incorporar uma nova atraçao, segundo nos garante o aposentado da Vale, Antônio Carlos Batista (Cutia), a apresentação de um "Bumba meu Boi".
O Boi Bumbá ou Bumba meu Boi é uma festa do folclore brasileiro muito popular no Nordeste brasileiro, em especial no Maranhão, que cultua o boi. Trata-se de uma lenda que nasceu no Piaui e a versão mais comum conta o seguinte: a escrava Catirina, grávida, pede ao marido Chico para comer língua de boi. Ele atende ao desejo da esposa matando um boi, mas é preso a mando do dono da fazenda. Com a ajuda de curandeiros, o boi é então ressuscitado.
Dependendo da versão, outros personagens podem ser incorporados para dar consistência a festa folclória: Battião, Arlequim, Pastorinha, Turtuqué, o engenheiro, o padre, o médico, o diabo, entre outros. Quase todos quase sempre interpretados por homens, que se travestem para compor os personagens femininos.
Em algumas versões, Chico chama-se Mateus e o boi não é morto por ele, mas apenas se perde e acaba morto no decorrer da história, sendo também ressuscitado no fim.
Cutia disse ao BJÁ que vai tentar durante o ano de 2024 produzir um boi (a armadura em madeira com característica de um bovino, que é forrada e com algumas lantejoulas), mas, se não conseguir seu intento vai convidar o Boi Bumbá de Biritinga para se apresentar em Serrinha, no Bacalhau da Barão.
O Boi Bumbá tem um enredo aparantemente simples, porém, exige uma série de artificios e adereços que são mais complexos como os tocadores, os cantadores, o personagem que conduz a armadura do boi e tem que saber dançar, dar volteios, manejar bem o "boi", dar marradas, etc; o vaqueiro que conduz o "boi" que necessita fazer evoluções e aboiar; e os outros personagens que tiram versos e dançam.
No Maranhão, onde essa cultura é arraigada, há festivais e grupos folclóricos poderosos e organizados de "Bois-Bumbá". Na Bahia, por exemplo, temos festivais de quadrilhas juninas e de samba; no Maranhão há festivais de bois, e no Amazonas o Festival do Boi Garantido e do Boi Caprichoso.
No Bacalhau da Barão, mesmo para um cortejo simples exige-se tocadores e aboadores para dar movimentação ao boi. Portanto, a tarefa de Cutia é grande. Mas ele garante que vai realizar.
