Cultura

A GRANDE INVASÃO DO BAIRRO DA MOURARIA, LISBOA, PELOS ASIÁTICOS (TF)

Não é recomendável para os turistas sobretudo às noites
Tasso Franco , Salvador | 17/01/2024 às 10:50
São milhares de asiáticos que vivem na Mouraria em condições precárias
Foto: BJÁ
  Não se fala noutra coisa em Lisboa quando o assunto é imigrantes estrangeiros da ocupação do antigo bairro da Mouraria, reduto dos mouros (árabes) que ocuparam Portugal a partir do século VIII até o XIII, e que hoje se transformou num gueto dos asiáticos provenientes do Nepal, Bangaladesch e India, e também de africanos das colônias. O tema tem se tornado perocupante entre as autoridades e tem sido tratado pela imprensa como "a grande invasão" se tornando aos olhos da população nativa um local perigoso.  

   Este bairro enladeirado e que tem ruas que dão acesso ao Castelo de São Jorge, o ponto turístico mais visitado de Lisboa, e que era também muito visitado pelos turistas por sua história e tendas de comidas e bebidas, pelo artesanato e hospitalidade, deixou se sê-lo pelo temor dos imigrantes. Não que eles estejam atacando as pessoas nas ruas, mas, o temor natural de ver tanta gente nas vielas e largos, alguns oferecendo haxixe e outros facilidades em compra de produtos falsificados.

   Ademais, as informações que recebemos nos hotéis é de que é bom evitar a Mouraria, sobretudo à noite, e claro assim nos comportamos. Em recente artigo, o ex-primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva assina um texto publicado no Observador na noite de terça-feira, no qual compara, com ironia, os seus dois últimos anos de Governo nos anos de 1990 com os últimos oito do executivo socialista.

  "Com a falta de humildade e a vaidade que me são atribuídas digo que estou absolutamente convencido de que, nessa década, por ação dos meus governos, o desenvolvimento de Portugal, em todas as suas dimensões, deu um salto em frente que muito surpreendeu a União Europeia e que, depois, em nenhuma outra década foi alcançado resultado semelhante", começa por dizer.

No texto de terça-feira, Cavaco Silva lembra o programa de erradicação das barracas das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, a conclusão do troço do IP4, para completar ligação entre Amarante e Bragança, a construção da Ponte de Freixo (no Porto) e da Ponte Vasco da Gama (Lisboa), o lançamento do concurso internacional para a introdução do comboio na Ponte 25 de Abril e, entre outros, a promoção para a criação da Portugal Telecom.

  Cavaco diz que Portugal vive um momento de decadência com o governo solialista e a política dos imigrantes que assusta não só LIsboa, como a Europa de uma forma geral, é o que mais parece preocupar. (TF)