Cultura

A PROMETIDA DE ZORTH 7: DEMO MOSTRA A JÚLIA COMO SE APROXIMAR DO ALFA

Demo atenta a jovem para comprar uma moto e ser cliente do alfa supremo
Tasso Franco , da redação em Salvador | 28/02/2021 às 09:21
O demo
Foto: Seramov
    O jornalista Tasso Franco publicou neste domingo, 28, no aplicativo wattpad, o sétimo capítulo do seu novo livro "A Prometida de Zorth (o alfa supremo)" sobre a tentação do demo para Júlia comprar uma moto e se aproximar de Zorth, o alfa supremo. Leia abaixo e os demais capitulos no wattpad.

 

                                    CAPITULO 7 - O DIABO ATENTA PARA JÚLIA COMPRAR UMA MOTO

 
   Diz o povo que, quando o demo não atenta diretamente, manda o secretário. Não que Theo fosse um ajudante de ordens do Pé de Botelho. Se para conquistar a amizade de Zorth, Júlia precisasse comprar uma moto, aprender a pilotar e tornar seu cliente, seu inconsciente bolinava o consciente certamente influenciado pela força do vermelho, iria fazer isso.

  Estaria Júlia despertando dentro de si a mulher selvagem que não conhecia, dando os primeiros passos nessa direção, dando vida a si mesmo, se conhecendo melhor e partindo para uma nova realidade?

   Decidiu, também, responder o zap de Zorth de forma singela, sem mostrar que estava 'caída' por ele, até para Zorth sentir que não era uma garota qualquer.

   Tinha berço, família estruturada, casa que não era um castelo, mas era sua residência, amava seus pais, suas amigas e amigos, estava focada nos seus estudos e Zorth que aparecesse em sua presença como cavalheiro, um gentil-man.

   Mas, ao teclar uma mensagem para o cavaleiro de aço notou que não era bem assim.

  Suas mãos tremiam de emoção a cada palavra que escrevia, produziu um texto romântico exaltando a sua beleza e gentileza, mas, depois, apagou tudo e fez um outro mais simples, sem quiosque japonês e serejeiras floridas, onde poderia sugerir um romance, algo bem simples:

    - Também tenho saudade de você. Quando vier a Serra avise-me, foi curta e grossa.

     Neste mesmo dia, Júlia dirigiu-se a loja de motos Osaka e fez um levantamento de preços da máquina que compraria, potência em cilindradas, modelo, força no arranque, beleza, economia em combustível.

   Ainda quando estava na loja recebeu uma mensagem de Zorth  dizendo que haveria, no domingo próximo, no Parque de Vaquejada, uma exibição de duplas de cavaleiros numa festa chamada “Boi Valente” e que fora convidado por Theo e iria fazer dupla com ele na derrubada de bois, “uma coisa de brincadeira”. Haveria, também, churrasco na área do “Inferninho” com som do cover da banda “Guns and Roses”, que se chamava “Cravos e Metralhadoras” tendo como vocalista o Bob Samuel.

  Júlia se interessou, mas, não respondeu de bate pronto. Estava analisando a moto que iria comprar tirando dúvidas com o vendedor, o qual recomendou que ela procurasse a escola de pilotos para motos, da Fé, que ela participasse de um clube de motociclistas com meninas pilotando Harleys, Kawasahis e até marcas alemãs, e poderia se inteirar melhor que moto comprar.

  - Você é uma mulher estatura mediana, estrutura forte nos ombros, a Fé pode lhe orientar melhor, disse ele passando-lhe o endereço da Escola de Pilotos de Motos.

   Saiu a andar pela Praça, sentou-se para tomar um milkshake no Casablanca e resolveu dar sequência a conversa com Zorth:

   - Sabia que você era um cavaleiro de aço, que adora motos, mas, não tinha conhecimento de que gostasse de corridas de cavalos.

 - Brincando com quem pouco conhece, todo nobre gosta de cavalos, hahahaha.

 - Hum! Aqui em nossa região, o único nobre que conheço de ouvir falar, de piadas, é o Barão Vermelho da Bela Vista, um distrito da Serra onde um lunático construiu um castelo e intitulou barão, mas, nunca ganhou sequer uma eleição para vereador.

  - Estou brincando com você girl. Agora, minhas gerações familiares antigas são das florestas da Hungria, garous originais, tinham muito poder até com a Casa dos Habsburgos. Os cavalos estão em nossas vidas desde pequenos.

  - Hum! Que chic. Vai que você aparece lá no Parque da Vaquejada com uma coroa de ouro, hahahaha.

   - Vamos de chapéus em couro, eu e meu parceiro, como manda a tradição sertaneja, mas não duvides da minha linhagem nobre.

  - A propósito, você parece ser bem amigo do Theo, inquiriu Júlia querendo saber mais sobre eles.

  - Está no alfabeto grego como parceiro mais próximo, tem bom braço, forte, firme, e sabe derrubar um boi como ninguém. Temos uma amizade antiga, de anos.

  - Tá bem, domingo, vou tentar aparecer por lá.

  - Deixe de c.. doce e vá. Quero muito lhe rever, derreteu-se Zorth.

 - Temo um novo ataque e não tenho forças nem poder para enfrentar uma loba, de novo.

 - Que maluquice é essa! Onde tem bois; não há lobos. Que história de loba vem você falar numa arena de vaqueiros! Admirou-se Zorth escondendo seu segredo a Júlia e tirando uma de João sem braço fazendo de conta que não sabia nada dos duelos na boite da Estação.

  - Deixa pra lá, não vou lhe contar o que se passou numa festa que fui, recentemente, até porque ainda não tenho provas suficientes para acusar as pessoas.

  - Essas briguinhas de boates todos sabemos como terminam. São ciúminhos bobos que passam com a madruga e doses de vodka.

  - Você não sabe da missa metade. O que aconteceu lá foi coisa violenta e escapei por pouco, frisou Júlia.

  - Posso lhe garantir o seguinte. Se você for a Vaquejada estará segura, protegida. Não quero ser o bacana, o Cristiano Ronaldo, o Neymar, mas, onde Zorth põe os pés não há furdunços, não há enxames, todos me respeitam.

  - Ok, beijinhos rei da noite, bye-bye.

      Ao chegar em casa com folhetos de várias motos na bolsa - seu inconsciente estava dominado pelo Demo - falou aos seus país que iria comprar uma Honda.