Estamos vivenciando um 2021 ainda amedrontador apesar da vacinação
Tasso Franco , da redação em Salvador |
26/02/2021 às 19:09
A capital baiana em silêncio
Foto: BJÁ
A capital baiana está dominada, em silêncio diante do decretro governamental que estabeleceu um 'lockdown' (tranca tudo) por 48 horas neste final de semana diante do avanço do virus letal Covid-19 que já matou quase 12 mil baianos.
A cidade buliçosa, de uma gente festeira, queda-se na paz ouvindo apenas o movimento das ondas do mar. A Barra e seu calçadão, um dos pontos mais movimentados da cidade, reinam apenas as luzes e o mar (vide foto).
Todos os bares e restaurantes estão fechados. Carros só circulam os da Policia e da Guarda Municipal ou de um ou outro morador que foi a farmácia ou ao supermercado. Há muito não se via uma sexta-feira dessas, nem na primeira onda da covid.
A população parece mais temerosa e obediente. Hoje, fato que não aconteceu nem na primeira onda, morreram 137 pacientes com a covid na Bahia, um recorde. Somando-se os pacientes dos últimos três dias se aproximam de 300 óbitos, o que não se via no estado desde a pandemia da cólera morbus do século XVII.
O momento é de cautela e de ficar em casa. Resguardar-se até que a pandemia passe. Já dura 1 ano no março que está chegando e ninguém sabe quando se findará.
A vacinação é lenta. Hoje, uma fila imensa de veiculos se estendia dos Barris (5º centro) até o Chame-Chame para vacinar em 'drive thru" os idosos acima de 83 anos de idade.
Vê-se que teremos um 2021 ainda amedrontador. Que não seja igual a 2020, ao menos.
