Cultura

ANO LETIVO NA BAHIA ESTÁ PERDIDO E VIVE-SE AINDA NA ERA DO GIZ (TF)

Milhões de alunos sem aulas e retorno sem previsão de acontecer a tempo de salvar o ano
Tasso Franco , da redação em Salvador | 09/07/2020 às 13:31
Sistemas online precisam ser otimizados
Foto: DIV
   O ano letivo nas escolas públicas da Bahia - federais, estaduais e municipais - está perdido. 

   A expectativa do governador Rui Costa (PT) e do prefeito ACM Neto (DEM) que liberaram os indicativos das fases de retorno às atividades econômicas, culturais e de lazer pós pandemia do coronavirus, prevê, uma primeira fase quando a taxa de ocupação dos leitos hospitalares estiver em - 75% durante cinco dias.  Hoje, essa taxa, segundo a SESAB, é de 80%.

   2. Portanto, com muito empenho e boas atitudes, a estimativa é de que essa taxa de - 75% seja alçancada na segunda quinzena de julho ou inicio de agosto.

   3. Quando Salvador chegar na primeira fase da retomada, vão poder reabrir, mediante protocolos gerais e específicos, as seguintes atividades: shoppings centers e centros comerciais correlatos, comércio de rua acima de 200 metros quadrado (aqueles com espaço inferior já podiam abrir seguindo as regras de proteção à vida), templos religiosos e igrejas (havia a limitação de 50 pessoas independentemente do tamanho do salão) e eventos em sistema drive in.

   4. Depois virá uma segunda fase, provavelmente, em medados de agosto, se tudo correr bem. Na segunda fase, poderão ser retomadas as seguintes atividades: academias de ginástica e similares, barbearias, salões de beleza, centros culturais, museus e galerias de arte, lanchonetes, bares e restaurantes. 

   6. Já na fase três, poderão reabrir parques de diversões e temáticos, teatros, cinemas, casas de espetáculo, clubes sociais, recreativos e esportivos, centros de evento e convenções. 

   7. As igrejas e demais templos religiosos poderão funcionar sempre de segunda a sábado, das 10h às 20h, e domingo sem restrição de horário; com até 20% da capacidade do salão ou 50 pessoas, o que for maior; proibição de aulas e reuniões; e fechamento de espaços para crianças. Além disso, o uso de máscaras nesses espaços, que antes era uma recomendação, agora é obrigatório.

   8. As escolas, portanto, deverão ser incluidas, se supõe, porque isso não ficou claro, numa quarta fase. Que, se tudo correr bem, se dará no final de setembro ou inicio de outubro.

   9. A rede pública Bahia, já dito aqui, é a mais atrasada do país. Praticamente, não há nada online. A SEC/Estado informa que está disponiblizando conteúdos online pela TVE, mas, de forma dispersa. Ou seja, quem quiser se interessar se interessa, mas, não há ação articulada em obrigatoridade na grade escolar. 

   10. Nem a UFBA se mexe. Esta paralisada. As UNEBS, idem. Que contribuiação deram essas instituições de níveis superiores ao combate à Pandemia. Que se saiba, a UFBA fez um seminário online para discutir o fascismo. Imagina!

   11. Então, meus caros, aulas retornando em final de setembro ou outubro é ano perdido. A única possibilidade real existente é passar todos os alunos por decreto, o que seria um absurdo, ou mantê-los onde estão, perdendo um ano e seguindo a vida. Quem iria se formar em 2020 passa a se formar em 2021.  Recuperação de aulas não existe. Nunca existiu. É um embromatório.

   12. Os governos federal, estadual e municipaais prrecisam se preparar para a nova era da educação que já está em curso, com sistemas computadorizados online. A educação está passando por uma profunda revisão nessa era das novas tecnologias e o Google, Amazon, Alibaba, Facebook e outros estão de olho nesse mercado que é caro, especialmente nos países desenvolvidos. Eles querem e vão baraterar. Um curso unibersitário em Harvard é caríssimo; em Cambridge, idem. 

   13. No Brasil, as escolas públicas terão que se mexer. Porque se houver outra pandemia será mais um ano perdido. O Estado e os Municipios precisam instalar os estúdios de aulas online e distribuir e financiar iphones e tabletes para todos os alunos. É mais barato do que ficar pagando a mulhares de professores sem dar aulas.