Cultura

APÓS INCÊNDIO, pesquisadores do Museu Nacional encontram fóssil Luzia

Reconstrução será feita em breve
Nara Franco , RJ | 20/10/2018 às 12:20
Fragmentos recuperados
Foto:
Pesquisadores informaram nesta sexta-feira (19) terem encontrado todo o crânio de Luzia, fóssil humano mais antigo do Brasil. O fóssil foi achado nos escombros do Museu Nacional, destruído por um incêndio no último dia 2 de setembro.

Os técnicos anunciaram que 80% das partes localizadas já foram identificadas. No entanto, o trabalho de montagem dos fragmentos ainda não foi iniciado. Em entrevista coletiva, a direção do Museu Nacional comemorou o achado.

"O crânio foi encontrado fragmentado. Já achamos praticamente todo o crânio e 80% dos fragmentos já foram identificados e podemos aumentar esse número”, disse Alexander Kellner, diretor do museu.

Segundo os técnicos, foram encontradas parte do frontal ( testa e nariz), parte lateral, ossos que são mais resistentes e o fragmento de um fêmur que também pertencia ao fóssil e estava guardado. Uma parte da caixa onde o crânio de Luiza estava também foi recuperada.

“Estamos no momento do escoramento e já podemos recuperar algumas partes do acervo. Hoje é um dia feliz, conseguimos recuperar o crânio da Luzia, dano foi menor do que esperávamos. Os pedaços foram achados há alguns dias, eles sofreram alterações, danos, mas estamos muito otimistas com o achado e tudo que ele representa. Ele estava em um local preservado onde já ficava, que era um local estratégico. Ficava dentro de uma caixa de metal dentro de um armário”, disse Claudia Rodrigues uma das integrantes da equipe.

Encontrado em Minas Gerais na década de 1970, Luzia seria o fóssil mais antigo das Américas. Este material foi o responsável por mudar a teoria da povoação do continente americano.