Cultura

IGHB promove seminário sobre os 220 anos da Conjuração Baiana

Evento acontece dia 31 de julho
Da Redação , Salvador | 30/07/2018 às 18:40
Mártires da Conjuração Baiana
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Os 220 anos da Conjuração Baiana serão lembrados em seminário no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (Piedade), nesta terça, 31 de julho, às 14h30. Integram a mesa de debates, o acadêmico e jornalista Florisvaldo Mattos e as professoras Antonietta D´Aguiar Nunes e Patricia Valim. 

Autor de trabalho inédito sobre o tema, "A Comunicação Social na Revolução dos Alfaiates", o poeta Florisvaldo Mattos vai debater os comportamentos de comunicação que deram origem ao movimento baiano de 1798. "Na sua complexidade, que muitos pretenderam negar,  trata-se de um movimento de conteúdo político que conjugava um  profundo sentimento anti-colonial, alimentado pelas contradições de uma sociedade fundada na monocultura e no escravismo", destaca. 

Já Patrícia Valim, autora de teses de mestrado e doutorado sobre a pauta, historia. "Em 8 de novembro de 1799, quatro homens foram enforcados e esquartejados em praça pública na cidade de Salvador. Condenados por conspirarem contra a Coroa de Portugal, os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino, e os soldados Lucas Dantas de Amorim Torres e Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga foram considerados pelos Desembargadores do Tribunal da Relação da Bahia como sendo os únicos protagonistas de um movimento conhecido atualmente como Conjuração Baiana de 1798. 

Sob a pena dos intelectuais do século XX, entretanto, o evento foi considerado como a mais popular das revoltas que antecederam a emancipação política do Brasil, em 1822. Da Sedição dos mulatos à Conjuração baiana de 1798, portanto, é a história da memória histórica de um evento pátrio cujo legado simbólico de seus protagonistas foi retomado de tempos em tempos e parece ser destinado a servir de instrumento privilegiado para a reflexão ao sabor de distintas conjunturas".