ANJOS E DEMÔNIO, DUAS VISÕES: O LIVRO E O FILME

Diogo Barreto Berni
23/06/2009 às 18:02

O filme tem uma abordagem distinta do livro na visão de Diogo Barreto Berni
  Anjos e demônios foi pra quem leu o livro, um filme oco e despretensioso, pois quando li o livro tive uma sensação de igreja católica "canalha", e quando assisti ao filme tive a sensação oposta, de uma igreja católica "abençoada" por existir e diminuir a dor de bilhões de pessoas pelo mundo.

 No filme anjos e demônios (anjos e demônios em caixa baixa mesmo, pois é um filminho...) tive a sensação de que se a igreja católica não existisse os idiotas não existiriam, e aí não existiria a raça humana, pois o propósito dela ( da raça humana, pelo que percebi do filme) é cada um fazer idiotice com cada outro, de forma que ao final de tudo, todos nós nos auto destruiríamos se a igreja católica não existisse. (essa foi à sensação que tive quando acabei de saí do cinema, posso estar errado ou certo...)

O fato é que gostei do livro, mas não do filme. (São duas abordagens diferentes, não vou dizer que sou católico, pois estaria mentindo, mas não vou dizer que não sou católico, pois estaria mentindo também. Sou Brasileiro, meio sem religião e com religião ao mesmo tempo).

Caso parecido foi à película absurdamente e exageradamente holyodiana Marley e eu que vi recentemente nas telas: livro bom, filme horrível. Óbvio que os livros sempre serão melhores que os roteiros adaptados para o cinema, mas nesses dois exemplos citados ficou muito a desejar mesmo nas telas, não sendo o mesmo caso de Ensaio sobre a cegueira, por exemplo. Me sinto meio que "obrigado" a ver os filmes que são adaptados aos livros que leio.

Mas pelo andar da carruagem e principalmente pelas mudanças dos roteiros que são feitas de formas tão ruins e radicais, que acabarei a não ceder a tal "obrigação", ou somente a esquecê-la.

Rio Congelado é um filme forte, com a sua protagonista que incorpora em sua face "um ar de sofrimento" tão surpreendente e incrivelmente forte e lindo ao mesmo tempo que até agora estou apaixonado por ela. Trata-se de uma mãe solteira de uns quarenta anos que vive num furgão no limite dos EUA com o Canadá com seus dois filhos.

Por situações financeiras desagradáveis a família é despejada da casa da onde moravam e passam a residir em um furgão velho e sem a calefação necessária. Enquanto o pai foge da casa com as economias da família por conta da "fome" do vício do jogo de alguma coisa que o filme não explicou direito ou não me liguei na hora.

Nessa situação financeira drástica e sozinha para criar seus dois filhos, e com um trabalho de caixa de um mini-mercado nas redondezas ela começa a arrumar trabalhos informalmente ilegais como o transporte de chineses em sua mala de seu carro de um país ao outro através do rio congelado da fronteira, tentando juntar assim a grana necessária para recomprar sua casa.

 Filme forte, pois em muitos momentos percebi ou senti que cortava o coração dela fazer esse tipo de trabalho, mas outros fatores falavam mais alto, o da sobrevivência. Num frio escaldante, Rio congelado me fez ficar um pouco mais apaixonado pela força do povo norte-americano que sabe lutar quando quer as coisas, por isso são eles, com crise financeira ou sem crise o país mais rico do mundo, e será por muito tempo ainda, por sua determinação e força, o seu espírito Do It!

Senti essa mesma força da nação norte americana em uma película protagonizada pela bela "Breditipiniana" Angelie Jolie de nome A Troca. Uma jovem mãe que lutou para achar seu filho até as últimas conseqüências na corrupta Califórnia de 1930. Esse filme mostra de outra forma a garra desta nação com o seu "anti-medo" de porra nenhuma, é como se fala aqui na Bahia: "eles não comem nada de ninguém".

 Já em Intrigas de estado, outra produção americana do norte, esperava um filme melhor. A estória se passa através da uma investigação de um jornalista da morte de uma ex-secretária de um importante congressista daquele país. Não que o filme seja ruim, não é exatamente isso, mas o roteiro não encaixou com a dimensão que a película quis dar aos fatos.

Talvez por essa película ter sido "extraviada" de uma dessas inúmeras séries de sucesso de TV a cabo, não exatamente fez o mesmo efeito de sucesso em um longa metragem, ao meu ver. As diferenças são discrepantes em se produzir uma serie de TV ou uma novela em comparação a um longa ou até mesmo um curta metragem. Acho que faltou diretor em Intrigas de estado, sendo que nem os bons atores que atuaram conseguiu salvá-lo.